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Mercado financeiro

Bovespa fecha dia no vermelho e cai quase 25% em outubro

Sexta-feira tensa na Bovespa; desvalorização no mês ficou em 24,79% | Reuters/Paulo Whitaker
Sexta-feira tensa na Bovespa; desvalorização no mês ficou em 24,79% (Foto: Reuters/Paulo Whitaker)

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o mês de outubro com um pregão volátil. Depois de alternar períodos de alta e baixa, o índice Ibovespa fechou em baixa de 0,51%, aos 37.256 pontos. Com isso, a desvalorização neste mês ficou em 24,79%, considerado os 49.541 pontos que o indicador marcou no fim de setembro.

Dólar fecha o mês com alta de 13,3%

No mês, a desvalorização chegou a marcar 40,6% na última segunda-feira (27), quando o Ibovespa marcou seu pior patamar em três anos, atingindo 29.435 pontos. Considerado o fechamento de outubro, a desvalorização nos dez meses de 2008 ficou em 41,7%.

De acordo com a consultoria Economatica, a última semana de outubro, apesar da queda na sexta-feira (31) e da baixa no acumulado do mês, foi a melhor para o Ibovespa em dez anos - a alta acumulada ficou em 18,35%. O mês de outubro, entretanto, foi o quarto pior da história do Ibovespa, e não se via baixa tão forte desde agosto de 1998 (quando a queda foi de 39,5%).

Pregão de sexta-feira

Um dos fatores que pesou sobre o resultado da Bovespa pela manhã foi o anúncio da mineradora Vale fará um ajuste em sua produção, por conta do cenário global de desaceleração econômica. Para isso, a companhia vai interromper temporariamente a operação de várias instalações e dará férias coletivas a funcionários.

Apesar de ter registrado baixa de mais de 4% pela manhã, a principal ação da Vale do Rio Doce recuperou-se durante o pregão, e acabou fechando o dia em alta. Mais cedo, o presidente da Vale, Roger Agnelli, havia tentado tranqüilizar o mercado afirmando que a crise deve ser grave somente até o segundo trimestre de 2009.

Entre as demais ações, Gafisa, Cyrella e Lojas Renner apresentaram baixa de mais de 10% no fechamento. Entre as altas, apesar das perdas com o câmbio, destacaram-se as companhias alimentícias Sadia e Perdigão, cada um com alta superior a 5%. O volume financeiro negociado foi de R$ 4,77 bilhões.

Cenário externo

Embora os Estados Unidos tenham divulgado dados negativos sobre a confiança do consumidor e gastos das famílias, a Bolsa de Nova York acabou por ter um dia positivo, com o índice Dow Jones - referência para Wall Street - apresentando ganhos de mais de 1,5%.

As bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, marcando a quarta sessão de valorização das ações. O FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações da Europa, teve alta de 2,7%. Na semana, o indicador acumulou alta de 11,8%, embora tenha caído 12,8% em outubro.

Na Ásia, o dia foi de perdas, mesmo com o corte nos juros do Japão. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei encerrou em baixa de 5,01%. O indicador perdeu 452,78 pontos, encerrando série de forte altas. Tóquio encerrou assim com mais uma baixa considerável no complicado mês de outubro, no qual o Nikkei perdeu 23,83% do valor.

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