O presidente chinês, Hu Jintao, cancelou sua participação na cúpula anual do G-8 (grupo que reúne os sete países ricos do mundo e a Rússia) e decidiu retornar ao seu país imediatamente, após sua visita de Estado à Itália, informou nesta quarta-feira (8) uma autoridade do Ministério de Relações Exteriores chinês à agência de notícias Dow Jones. Uma notícia da agência oficial chinesa Xinhua confirmou a informação, afirmando que a decisão de Hu se deveu aos protestos em Urumqi, na província Xinjiang.

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O cancelamento enfatiza a urgência que os líderes de Pequim enfrentam para buscar uma solução para os protestos, que chamaram a atenção internacional. Ao menos 156 pessoas foram mortas durante uma manifestação no último domingo (dia 5) em Urumqi. Mais de mil ficaram feridas, de acordo com a Xinhua.

Líderes, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, haviam dito que falariam com Hu na cúpula sobre a piora da violência em Xinjiang. A Xinhua afirmou que o conselheiro de Estado, Dai Bingguo, participará do encontro do G-8, que começa hoje na cidade italiana de Áquila, representando Hu. A agência de notícia não afirmava se outras autoridades chinesas, incluindo o ministro do Comércio, Chen Deming, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zhang Ping, participariam da cúpula.

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A ausência de Hu poderá reduzir o foco do mercado financeiro no encontro, que deve abordar várias questões, incluindo a coordenação sobre a crise financeira global, mudanças climáticas segurança alimentar e em energia, e questões de comércio.

Esperava-se que os líderes do G-8 também abordassem a questão, ainda que de portas fechadas, de uma nova moeda de reserva internacional como parte de uma reforma de longo prazo no sistema monetário internacional, uma ideia encabeçada pela China.

Além da visita à Itália, Hu planejava originalmente visitar Portugal, depois do término da cúpula do G-8. A agência notícias afirmou que a data da visita à Portugal será fixada mais tarde.