A equalização do déficit habitacional no País demandará investimentos de R$ 760 bilhões ao longo de dez anos, de acordo com estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em seminário sobre o Minha Casa, Minha Vida, realizado pelo Sinduscon-SP.
O levantamento considera que até 2024 o País terá 16,8 milhões de novas famílias, sendo 10 milhões com renda familiar de até três salários mínimos - ou seja, com menor ou nenhuma condição de adquirir uma casa por conta própria, sem subsídio. Com um déficit estimado de 5 milhões de moradias no fim de 2014, o desafio total será proporcionar habitações para cerca de 22 milhões de famílias na próxima década.
Se o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida atender ao menos 51% das famílias, isso representará a necessidade de construção de 11,2 milhões de habitações populares, o equivalente a 1,1 milhão por ano. Considerando uma atualização do valor médio das habitações para R$ 68,1 mil nos próximos dez anos, o levantamento da FGV calcula a necessidade de investimentos de R$ 760 bilhões, o equivalente a R$ 76 bilhões por ano.
A coordenadora do estudo, Ana Maria Castelo, ressalta que a viabilização desses investimentos só será possível se houver melhoria das operações entre construtoras, bancos e os órgãos públicos envolvidos. A pesquisadora defendeu ainda que o Minha Casa, Minha Vida seja transformado em um programa permanente, independente do partido que estiver no governo. "Uma das maiores dificuldades dos investimentos diz respeito à perenidade do programa. O aporte de R$ 760 bilhões só será possível se o programa contar com metas plurianuais e volume de investimento que permitam às empresas ter visibilidade sobre o andamento dos seus negócios", explicou.
De acordo com levantamento da FGV, o déficit habitacional caiu 8% entre 2009 e 2013, impulsionado pelo apoio às famílias por meio do Minha Casa, Minha Vida. Com isso, a falta de moradias caiu de 5,7 milhões para 5,2 milhões.
Criado em 2009 durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantido durante o governo da presidente Dilma Rousseff, o Minha Casa, Minha Vida contou com metas definidas apenas para o período dentro dos mandatos. Na primeira fase, foram alocados R$ 34 bilhões no programa. Na segunda, serão R$ 125,7 bilhões, segundo dados compilados pela FGV. A meta de contratação e o volume de investimentos para o período entre 2015 e 2018, porém, seguem indefinidos.
- Governo vai reajustar valor limite no 'Minha Casa'
- Balança tem superávit de US$ 140 mi no mês até dia 12
- Média diária de importações cai 17,5%
- Aeroviários e aeronautas querem reajuste salarial de 11%
- Dia das Crianças vendeu 1,8% mais, diz Boa Vista
- Barbearias de Curitiba renascem como reduto masculino
- Americanos se destacaram entre os que mais ganharam o Nobel de Economia
- Nobel de Economia, um prêmio bastardo e controverso
- Saiba como é escolhido o vencedor do Nobel de Economia
- Estatais e bancos sobem e impulsionam Bolsa; dólar recua
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião