Greve dos bancários pára agências em várias cidades do país
Bancários em várias partes do país anunciaram paralisações. Os bancários reivindicam mudanças nos cálculos da participação nos lucros e um aumento salarial de 13%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 7,5%. A proposta foi rejeitada em assembléia. Aprovaram paralisar as atividades por 24 horas, bancários em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba e Piauí. Os trabalhadores de Salvador, Rio de Janeiro e Brasília decidiram por greve por tempo indeterminado.
Bancários de Curitiba e região metropolitana cruzam os braços
- RPC TV
- Paralisação de 24 horas fecha 27% das agências bancárias de Curitiba
- Greve dos bancários pára agências em várias cidades do país
- 3,7 mil bancários param atividades em duas unidades do HSBC
- Bancários promovem manifestação em frente à agência da Caixa
- Bancários fazem paralisação em 21 agências do Centro
- Bancários fazem paralisação em 12 agências do Portão
- Bancários voltam a protestar em frente ao Unibanco na esquina das Marechais
Das 329 agências bancárias de Curitiba e região metropolitana, 143 tiveram todas as atividades paralisadas, nesta terça-feira (30), número que corresponde a cerca de 40% das agências. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informa que, de um total de 17,3 mil trabalhadores, 8.500 bancários cruzaram os braços por 24 horas. Além da manifestação desta terça, outros atos estão agendados para acontecer em todas as unidades da capital nesta quarta-feira (1.°).
O sindicato da categoria avisa, no entanto, que o atendimento volta a funcionar nesta quarta. Haverá, porém, redução da carga horária de trabalho, além de retardamento da abertura das agências. Sônia Boz, diretora de imprensa do sindicato, afirma que os bancários não querem prejudicar a população. "Temos que esclarecer aos clientes esta situação. Nesta quarta, vamos abordar as pessoas e explicar nossas reivindicações e mostrar que o que queremos é para melhorar o atendimento", diz.
A adesão dos trabalhadores à paralisação foi recebida com positividade pelo sindicato. Sônia diz que somente desta maneira a categoria pode conseguir algo e lutar pelos direitos. Para esta semana, os trabalhadores aguardam um novo posicionamento e uma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). "Desta vez, creio que vamos ter uma resposta que seja de acordo com o que buscamos", afirma Sônia.
Nesta terça, os usuários de serviços bancários da capital e região metropolitana só puderam utilizar os terminais de auto-atendimento das unidades. Outra opção da população foi efetuar pagamentos de contas em lotéricas ou bancos postais. Praticamente todas as agências do Centro de Curitiba e dos bairros Portão, Cristo Rei e Alto da XV aderiram à mobilização.
Paralisação
A paralisação de 24 horas foi aprovada em assembléia na sexta-feira (26). De acordo com o sindicato, a greve de 24 horas teve o objetivo de pressionar a (Fenaban) a agendar uma nova negociação e melhorar a proposta de apenas 0,3% de aumento real. Os trabalhadores também buscam forçar a desistência da Fenaban em relação à redução de direitos assegurados na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, como vale-transporte, estabilidade pré-aposentadoria e auxílio-creche/babá. Os bancários reivindicam, ainda, mais segurança nas agências e nas imediações, já que os bancos seriam alvos prioritários de assaltos e roubos.
Paraná
Em todo o Paraná, além dos trabalhadores de Curitiba, os sindicatos de Arapoti, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama rejeitaram a proposta de reajuste de 7,5% e aprovaram a paralisação de 24h, de acordo com a Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro no Estado do Paraná (Fetec).
Em Maringá, no Noroeste, o sindicato aprovou estado de greve por tempo indeterminado em todas as agências bancárias, exceto as do Banco do Brasil, cujos funcionários não aderiram à paralisação. Os sindicatos de Cascavel e Foz do Iguaçu, ambas no Oeste paranaense, que não são filiados à Fetec, também cruzaram os braços por 24h, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec).
Fenaban
Procurada pela reportagem, a Fenaban diz que aguarda uma contraproposta sobre o reajuste salarial por parte dos bancos e que as negociações ainda não finalizaram. Segundo a federação, a proposta feita às instituições foi de reajuste de 15% para os bancários. Os bancos teriam pedido para sugerir 7,5% aos trabalhadores, para, a partir de uma discussão entre as partes, formular uma contraproposta à Fenaban. As demais reivindicações não foram comentadas pela entidade.
Manifestações
O sindicato da categoria realizou várias manifestações pela campanha salarial durante a semana passada na capital e região metropolitana. Na segunda-feira (22), 12 agências do bairro Portão ficaram sem atendimento até 11h15. No Centro de Curitiba, na terça-feira (23), foi a vez de 21 agências paralisarem as atividades, deixando apenas o auto-atendimento à disposição dos clientes.
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