O filho do empresário Eike Batista, Thor, será intimado pela Polícia Federal a entregar espontaneamente uma Land Rover de seu pai que ele dirige.

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O carro, avaliado em R$ 340 mil, é um dos alvos do bloqueio de bens decretado contra Eike na semana passada e, por isso, foi um dos objetivos de apreensão dos mandados cumpridos pela PF na casa de seu pai, na semana passada, e na de sua mãe, nesta quinta-feira (12).

Thor teria justificado aos policiais, para não entregar o veículo, que o carro estava em poder de um funcionário da família.

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Tanto o bloqueio quanto os mandados foram decretados pelo juiz federal Flávio Roberto de Souza, responsável por julgar Eike em ação penal por crimes contra o mercado de capitais.

Se Thor não entregar o bem, poderá ser alvo de uma representação criminal por ocultação de prova e obstrução.

Segundo o juiz Souza, há, no total, cinco carros que deveriam ter sido apreendidos, mas estão em poder de Eike e parentes.

"Os carros já estão bloqueados e devem ser entregues. Se eles forem parados em uma blitz com os carros, acabarão ficando a pé", diz Souza.

Segundo o juiz, o bloqueio de bens visa atingir um total de R$ 3 bilhões, com o objetivo de assegurar recursos para pagamento de indenizações e multas, em caso de condenação do empresário. Segundo o magistrado, Eike tem vendido para terceiros e transferido para para parentes alguns bens, o que o levou a ampliar o bloqueio.

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"Insider trading"

Eike responde por ação penal por supostamente ter praticado "insider trading" (operação com informação privilegiada) e manipulação de mercado, na venda de ações da OGX, em 2013, em períodos anteriores à divulgação de fatos negativos sobre a petroleira.

Nesta quinta-feira (12), a polícia levou duas Toyota Hylux e um BMW X5 de Luma, ex-mulher de Eike. Na quarta, foi a vez do iate do empresário, mais jet skis e lancha. Na semana passada, foram apreendido seis carros, relógios, obras de arte e o celular do empresário.

Procurado, Ary Bergher, criminalista que defende Eike, ainda não comentou o caso.

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