A entrada de carne desossada de bovídeos paranaenses foi liberada pelo estado de São Paulo nesta segunda-feira (24). Com isso, diversos frigoríficos na região de Paranavaí, no Noroeste, puderam voltar a funcionar.

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Os caminhões que estavam parados na divisa do Paraná com São Paulo voltaram para os frigoríficos. Agora a carne será desossada e embalada. Uma exigência do governo paulista.

De acordo com a portaria, são permitidos o ingresso e o trânsito de carne de bovídeos somente desossada e submetida, antes da desossa, a um processo de maturação à temperatura de 2°C. Além disso, o pH do produto não pode ter alcançado valor superior a seis. Também estão autorizados o ingresso e o trânsito de miúdos de animais.

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O ingresso e o trânsito de produtos e subprodutos do Paraná poderão ser feitos pelas rodovias SP-425, BR-153, SP-258 e BR-116, através dos postos de inspeção localizados nos municípios de Itororó do Paranapanema, Ourinhos, Itararé e Barra do Turvo. Os produtos de origem das cidades de Amaporã, Grandes Rios, Loanda e Maringá, onde há suspeita de aftosa, continuam impedidos de entrar em São Paulo.

Nesta terça-feira, o governo estadual anunciou que irá aumentar o número de fiscais e a vigilância nas 30 barreiras sanitárias nas divisas entre o Paraná e estados vizinhos.

Fiscais de várias regiões paranaenses foram remanejados para intensificar a fiscalização nas divisas. Nestes locais, equipes de seis fiscais da Defesa Sanitária Animal e da Empresa Paranaense de Fiscalização (Claspar) estão de plantão 24 horas.

Gado premiado

Um grupo de 28 vacas da raça Nelore não poderá será abatido caso seja identificado foco de febre aftosa em Toledo, no Oeste do Paraná. Os animais participaram da ExpoToledo, realizada no início de outubro, onde foi constatado que um animal vindo do Mato Grosso do Sul teria se misturado ao rebanho. Já naquela época, a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) interditou os animais que participaram da feira e fez exames para identificar se algum estava contaminado.

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Mesmo sem o resultado dos exames, os donos dos animais conseguiram na Justiça que mesmo que seja identificado foco a Seab não poderá sacrificar o rebanho todo antes de exames mais precisos. De acordo com advogado dos proprietários, Diamantino Silva Filho, as vacas da empresa Quilombo Empreendimentos e Participações foram vacinadas quatros vezes em um ano. A multa por animal morto é de R$ 2 milhões.

A medida provisória que prevê recursos para indenizar os pecuaristas do Mato Grosso do Sul prejudicados pela febre aftosa será editada após a divulgação do resultado dos exames no gado do Paraná. A previsão é que os resultados fiquem prontos ainda nesta semana.

Na medida provisória estavam previstos cerca de R$ 16 milhões para indenização dos produtores do Mato Grosso do Sul.

Aftosa no Paraná

Os primeiros casos de suspeita da doença no Paraná surgiram na sexta-feira (21). Ao todo, foram identificados quatro focos suspeitos. Dezenove animais, que participaram de uma feira em Londrina, no Norte, apresentaram sintomas da doença, como febre, salivação abundante e dificuldade para caminhar. O laudo sobre a suspeita de contaminação de aftosa deve sair ainda nesta semana.

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Veja mais desdobramentos da suspeita de frebre aftosa no Paraná na reportagem em vídeo