O governo decidiu encerrar as negociações com os professores de instituições federais, que estão em greve desde o fim de agosto. Uma proposta de reajuste salarial para a categoria vai ser enviada nesta sexta-feira como projeto de lei ao Congresso. O Ministério da Educação ofereceu um reajuste médio de 9,5% para os professores, que custaria R$ 500 milhões por ano, mas a proposta foi rejeitada.
"Essa reação do governo de romper os processos de negociações e fazer valer as suas propostas a despeito do que as categorias reivindicam é uma atitude ruim e não corresponde a uma política de fortalecimento do serviço público a serviço da população brasileira", afirmou Marina Barbosa Pinto, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
"É a melhor proposta já feita nos últimos 12 anos. Esse meio bilhão de reais garante que em todos os docentes, incluindo inativos, receberão um reajuste da sua remuneração acima da inflação", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.
O governo resolveu agora jogar mais pesado com os professores. Além de suspender as negociações, recomendou que os reitores das universidades repassem ao Ministério do Planejamento a relação de quem está trabalhando. É o primeiro passo para que os grevistas sejam punidos pelos dias não trabalhados. Os alunos estão há 62 dias sem aulas.
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