O técnico Claudinei Oliveira assinou embaixo do discurso oficial do Atlético sobre o veto da torcida rubro-negra para o jogo deste domingo (7), às 17h, no Allianz Parque, contra o Palmeiras. Temendo um possível confronto entre torcedores especialmente caso o Palmeiras acabe rebaixado para a segunda divisão a diretoria abriu mão dos ingressos de visitantes.
A medida ainda é reflexo da selvageria na última rodada do Brasileiro do ano passado, quando torcedores do Furacão e do Vasco causaram um dos piores capítulos de violência no futebol brasileiro. A torcida carioca é aliada da palmeirense, por isso o temor de que haja retaliação aos atleticanos. "Foi uma medida inteligente do clube", elogiou o técnico do Atlético.
Embora concorde com a essência da decisão, Claudinei lamenta especialmente pelos torcedores que moram em São Paulo. "Para o torcedor do Atlético que mora em São Paulo é um baque". O treinador afirmou conhecer a relação existente entre a torcida Mancha Verde, do Palmeiras, e a Força Jovem, do Vasco, alertando para o risco que realmente existe em situações como essa.
O treinador atleticano se mostrou mais uma vez interessado nos acontecimentos extracampo, lembrando que o mais importante é preservar a segurança das pessoas. "Sem pré-julgar ninguém, nem julgar a torcida do Palmeiras, é um risco. O mais importante é a vida das pessoas", afirma.
Neste ano, o Atlético cumpriu pena pela selvageria do ano passado. Além de multa, o clube teve de cumprir cumprir nove jogos de punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) - cinco jogos longe de Curitiba e quatro com portões fechados. "Imagine o que a gente passou esse ano. Aí vai na última rodada e às vezes nem é tua torcida que provoca a briga, mas acontece uma desgraça como a que aconteceu em Joinville e o Atlético entra ano que vem com menos 10 mandos de campo de novo? Passar por tudo isso de novo", questiona o treinador.
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