O governo da Líbia aceitou mediação da Venezuela para a criação de uma missão de paz que negocie uma saída para a crise no país norte-africano.
O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, leu uma carta recebida de seu colega líbio, Mousa Kousa, em reunião ontem em Caracas. Nela, o regime do ditador Muamar Kadafi pede ao governo de Hugo Chávez que tome as medidas necessárias para criar uma comissão internacional que atue no país. "Estão autorizados a tomar todas as medidas necessárias para selecionar os integrantes e coordenar sua participação nesse diálogo, leu Maduro em meio a uma reunião da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).
A missão, que seria formada pelos "Estados ativos e influentes da América Latina, Ásia e África, teria como objetivo "contribuir para promover o diálogo nacional que visa garantir a segurança e estabilidade do povo líbio, acrescenta a carta.
A proposta foi lançada por Chávez nesta semana.
O líder venezuelano advertiu que o "petróleo pode superar os US$ 200 o barril caso o conflito na Líbia se transforme em uma "guerra internacional, como ocorreu no Iraque em 2003. "E isto não convém a ninguém no mundo.
O ditador líbio "não vai partir, sei que não vai, e por isso estão planejando matar Kadafi, disse Chávez, lembrando que o líbio já foram alvo de ataques no passado.