O chefe da espionagem paquistanesa, general Shuja Ahmed Pasha, colocou seu cargo à disposição, em meio às críticas a respeito da operação do comando dos fuzileiros navais norte-americanos que matou Osama bin Laden.

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Pasha pediu demissão no mesmo dia em que um duplo atentado suicida matou pelo menos 80 recrutas em um centro de treinamento paramilitar do governo paquistanês. A facção paquistanesa do movimento fundamentalista Taleban assumiu o ataque e diz que ele foi desfechado para vingar o assassinato de Bin Laden.

O general Shuja ofereceu a demissão após ele e mais dois líderes militares enfrentarem uma sessão hostil no Parlamento, onde foram criticados por fracassarem em encontrar Bin Laden e também por não terem impedido a operação americana que matou o terrorista em solo paquistanês.

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Ainda não existem informações sobre se o primeiro-ministro do Paquistão, Yusuf Reza Gilani, aceitou a demissão do general Pasha. A agência de espionagem comandada por Pasha, o Inter Services Intelligence (ISI), e o escritório de Gilani não responderam a pedidos de entrevistas.

A sessão parlamentar, que se estendeu pela noite desta sexta-feira (horário local), representou um questionamento sem precedentes de políticos a generais paquistaneses. Os militares governaram o Paquistão durante quase metade da história da nação como país independente e ainda possuem um poder enorme. O chefe dos militares, o general Ashfaq Parvez Kayani, deverá ter um papel crucial na decisão de aceitar ou não a demissão do general Pasha. As informações são da Dow Jones.

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