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Terremoto

Helicóptero de ajuda humanitária cai no Peru

Sete pessoas ficaram feridas na queda de um helicóptero que levava ajuda humanitária para as vítimas do terremoto que assolou o litoral peruano na noite de quarta-feira (15).

O aparelho da Força Aérea do Peru caiu sobre um mercado popular da cidade de Ica, a mais afetada, que fica a 300 quilômetros ao sul de Lima, às 16h50 hora local (18h50 em Brasília).

O chefe do Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci), Luis Felipe Palomino, disse que os ferimentos das vítimas são leves. Entre elas estão um cinegrafista e um fotógrafo do órgão.

Os feridos foram atendidos em um hospital de Ica, acrescentou Palomino.

O helicóptero voava de Pisco para Ica, distância de 70 quilômetros. Elas foram as mais afetadas pelo tremor de 8 graus na escala Richter que na quarta-feira, que deixou pelo menos 500 mortos e 1.500 feridos.

Saques

Vítimas do terremoto que destruiu cidades e matou pelo menos 510 pessoas no Peru saquearam nesta sexta-feira (17) algumas empresas e caminhões de alimentos.

Apesar do apelo por calma feito pelo presidente peruano, Alan García, dezenas de moradores de Pisco, a zona mais afetada, invadiram lojas, farmácias e padarias, segundo relato de repórteres da agência Reuters. Eles aproveitaram a desordem na distribuição da ajuda humanitária que chega de diversas partes do mundo.

A polícia teve de intervir e chegou a dar tiros para o alto, segundo imagens mostradas pela TV.

Cerca de 40 pessoas, cansadas de esperar numa fila, invadiram uma farmácia na praça central de Pisco e pegaram leite em pó, fraldas e outros produtos.

A poucos metros dali, outras dezenas de pessoas, inclusive crianças e idosos, entravam nos escombros de uma padaria, apesar dos riscos. Alguns levavam pães que restavam. Outros, saíam com botijões de gás, até que a polícia os expulsasse.

A imprensa local disse que moradores de localidades próximas estão rendendo motoristas e saqueando caminhões com alimentos que viajam de Lima a Pisco.

Segundo os últimos dados oficiais, o tremor de 8 graus na escala Richter matou pelo menos 510 pessoas e destruiu mais de 16 mil moradias em todo o país. Antes e depois

Ica e Pisco, duas das cidades mais abaladas pelo terremoto, eram pontos turísticos que prosperavam antes dos estragos provocados pelo forte tremor desta semana.

Pisco (que na língua indígena quéchua significa pássaro) é uma típica cidade portuária que se destaca por sua agricultura, principalmente pelas culturas de algodão e milho, mas também devido ao sucesso de sua indústria de bebidas.

A cidade tem cerca de 90 mil habitantes. Seus arredores abrigam a reserva ecológica de Paracas, de 350 mil hectares, onde vivem animais de variadas espécies.

Passado o terremoto, Pisco se transformou em um lugar fantasmagórico, onde durante a noite milhares de pessoas vagam pelas ruas com cobertores e acendem fogueiras nas esquinas. Calcula-se que 70% da infra-estrutura foi destruída. A cidade está sem luz e a população teme seqüelas naturais e eventuais saques.

Os arredores de Pisco dão a sensação de ter suportado bem melhor o terremoto. Suas construções são mais modernas que as do centro histórico da cidade.

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