A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarou nesta quinta-feira (6) que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deve deixar a Síria, considerando "inadmissível" o último massacre cometido nesse país.
"A violência apoiada pelo governo, de que fomos testemunhas ontem em Hama, é simplesmente inadmissível", declarou Hillary em uma entrevista coletiva à imprensa em Istambul.
Hillary disse que uma solução para a crise na Síria precisa de um cessar-fogo, de uma transferência de poder e da formação de um governo interino representativo.
"Assad tem que deixar o poder e abandonar a Síria", disse ela, no dia seguinte a uma noite de trabalho com representantes de 16 países, entre eles vários países árabes e europeus, em que foi discutido como aumentar a pressão sobre o regime de Damasco para obter mudanças políticas.
Clinton reconheceu que, até agora, os Estados Unidos fracassaram em impulsionar uma ação internacional que tivesse impacto sobre Assad.
"Devemos reiterar nossa união, devemos enviar uma clara mensagem a outras nações que ainda não estão trabalhando conosco, ou que, inclusive, estão apoiando ativamente o governo Assad, de que não há futuro nisso", disse.
"E, certamente, planejar uma transição ordenada será um passo importante", acrescentou.