EUA continuam com ataques aéreos sobre posições de EI no Iraque

As Forças Armadas dos Estados Unidos lançaram neste sábado dois ataques aéreos contra as posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, perto da cidade de Erbil, a capital do Curdistão.

Segundo o Comando Central americano, os ataques efetuados com caças e aviões não tripulados destruíram quatro veículos Humvee, um veículo armado, e um caminhão carregado com metralhadoras.

Com isso, os EUA já realizaram 133 bombardeios em território iraquiano dentro da operação iniciada no dia 8 de agosto contra o Estado Islâmico (EI) nesse país.

Washington continuou com os ataques apesar da execução recente do jornalista americano Steven Sotloff pelos extremistas do EI. Sotloff foi decapitado em uma gravação de vídeo divulgada esta semana pelos terroristas como consequência da ofensiva americana contra suas posições.

Os Estados Unidos estão tentando construir uma aliança internacional para lutar contra os extremistas, que deu seus primeiros passos esta semana na cúpula da Otan realizada no País de Gales.

O Iraque é cenário de um conflito armado, com caráter étnico e sectário, desde junho passado, quando insurgentes sunitas liderados por esse grupo jihadista lançaram uma ofensiva na metade norte do país.

O EI efetuou rápidas conquistas e no final daquele mês declarou um califado islâmico nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle, o que acentuou as tensões na região.

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O grupo jihadista Estado islâmico (EI) decapitou neste sábado mais um soldado libanês, integrante de um grupo que é mantido em cativeiro pelos extremistas desde agosto, informou a imprensa libanesa.

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Em comunicado enviado à agência turca "Anatólia" e que foi repercutido pelos meios libaneses, o grupo jihadista garantiu que tomou essa decisão porque "o militar tentou fugir e atirou contra os combatentes".

A imprensa libanesa afirmou que se trata do militar Abbas Medlej, original da cidade de Baalbeck, localizada no vale oriental do Bekaa.

A conta da rede jihadista Tripoli Sham no Twitter exibiu uma imagem da cabeça do soldado depois da decapitação, segundo a imprensa libanesa.

Esse ato terrorista acontece no momento em que uma delegação do Catar tenta fazer a mediação para obter a libertação dos soldados e policiais que foram tomados como reféns no mês passado pelos jihadistas do EI, da Frente al Nusra e de outros grupos extremistas na região de Arsal, na fronteira com a Síria, onde enfrentaram o Exército libanês.

Também ocorre depois que três soldados sequestrados pediram aos seus familiares que se mobilizassem para conseguir sua libertação. Além disso, os soldados pediram que o grupo xiita libanês Hezbollah retirasse seus combatentes da Síria, onde lutam ao lado das tropas do presidente sírio, Bashar al Assad.

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Segundo a emissora "A Voz do Líbano", os jihadistas exigem a libertação de 400 prisioneiros extremistas e o pagamento de US$ 5 milhões para libertar os reféns.

No dia 1º de setembro, o EI devolveu os restos mortais de outro soldado assassinado, Ali al Sayed, que foi enterrado na região de Akkar.

EI mata 4 ex-candidatos ao parlamento iraquiano em Mossul

Combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) também executaram neste sábado em Mossul, no norte do Iraque, quatro ex-candidatos às eleições parlamentares iraquianas, que ocorreram em abril, informou à Agência Efe uma fonte de segurança que não quis ser identificada.

As vítimas, que não fugiram de Mossul quando esta foi tomada pelos jihadistas no dia 10 de junho, pertenciam a correntes laicas e tecnocratas.

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Entre elas está a candidata Zina Nouri al Anzi, que foi sequestrada há uma semana, depois que os jihadistas invadiram sua casa.

A fonte acrescentou que o EI vem fazendo campanhas de detenções e execuções nos últimos dois dias contra ex-candidatos, vários oficiais de segurança e personalidades conhecidas da cidade.

Nessas campanhas, o EI executou mais de 20 pessoas e alguns de seus corpos foram lançados no rio Tigre.

Por outro lado, uma fonte médica do Instituto Médico Legal de Mossul confirmou para a Efe que recebeu os quatro corpos dos ex-candidatos com marcas de bala na cabeça e no peito, além de sinais de tortura.

Ontem à noite, o EI decapitou sete pessoas em Mossul, entre elas três mulheres, acusadas de bruxaria.

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O EI tomou o controle de Mossul no dia 10 de junho e dali expandiu sua ofensiva no norte do país chegando, inclusive, a proclamar um califado nos territórios do Iraque e da Síria sob seu domínio.