O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defenderam o etanol nesta seginda-feira (14), em Copenhague, como uma das principais iniciativas do Brasil para reduzir a emissão dos gases que causam o efeito estufa. Durante evento paralelo realizado pela Aliança Brasileira pelo Clima, Minc afirmou que a comunidade internacional não tem mais motivo para duvidar da sustentabilidade da produção brasileira do combustível renovável "Fizemos o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar para garantir que nosso etanol seja 100% verde. Garantimos com isso que não haverá novas usinas de cana no Pantanal, na Amazônia, em áreas de vegetação nativa e que não vai haver queimadas", disse. Para o ministro, países que criticam o modo de produção brasileiro não têm mais motivos para criar barreiras comerciais ao etanol.
Minc também destacou a moratória da soja que, segundo ele, está sendo cumprida por 97% dos produtores da oleaginosa, que não desmatam mais para plantar. "A soja deixou de ser fator relevante de desmatamento da Amazônia", comemorou.
Serra argumentou que o modelo de desenvolvimento baseado em energia fóssil está em crise e considerou o etanol "um dos grandes cacifes do Brasil no plano internacional". Segundo ele, por causa do intenso uso de etanol, o Estado de São Paulo tem um quarto da emissão de carbono per capita da média brasileira. "Avançamos mais que outros países na área de energia renovável", afirmou. Serra disse, ainda, que a cada oito unidades de energia de etanol produzidas, utiliza-se apenas uma de energia fóssil, o que contribui para a redução das emissões de CO2.
Minc também destacou a participação do biocombustível na redução das emissões de gases com a substituição dos combustíveis fósseis pelo etanol. Por esse motivo, as metas de redução de emissões brasileiras são as mais arrojadas entre os países em desenvolvimento", disse. "Poderemos ser a ponte nas discussões entre as nações ricas e os países em desenvolvimento."
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