Após a divulgação do balanço da Onu (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que alerta para uma catástrofe climática caso a humanidade não tome providências severas sobre as ações que poluem e alteram o meio ambiente, começam a ser divulgados projetos e idéias para tentar salvar o planeta.
Um destes planos foi apresentado nesta sexta-feira, 09, pelo governo da Noruega. A idéia é construir um silo, uma espécie de Arca de Noé do século 21, para abrigar além de seres humanos, sementes, animais, livros e principalmente alimentos.
A arca já tem até mês para começar a ser contruída, em março deste ano, e será instalada no arquipélogo norueguês de Svalbard, a pouca distância do Pólo Norte. A notícia ganhou destaque na mídia européia, como no jornal online El País, da Espanha.
No mesmo dia, outra informação ganhou destaque pelos jornais na internet, o milionário britânico Richard Branson, dono da Virgin, anunciou uma recompensa de US$ 25 milhões para a mente brilhante que conseguir encontrar uma saída para a eliminação dos gases tóxicos que provocam o efeito estufa da atmosfera.
Mas apesar da oferta de Branson, a arca norueguesa é a que mais impressiona pela complexidade do projeto. O silo será construído no coração de uma montanha, a 130 metros sobre o nível do mar. A expectativa é de que já esteja funcionando para o inverno europeu de 2008. E assim já comecem a ser armazenadas espécies vegetais importantes no planeta.
O projeto prevê o armazenamento de 3 milhões de sementes com origem das mais diversas regiões do mundo. A iluminação artificial irá imitar a luz solar e a penumbra da noite. O sistema todo será monitorado por vídeo pelos cientistas.
"Esperamos que o interesse despertado pelo silo sirva para aumentar a conscientização sobre a necessidade conservação e uso sustentável dos nossos recursos genéticos", frisou o ministro da Alimentação e Agricultura da Noruega, Terje Riis-Johansen.
A localização na zona ártica foi escolhida pensando nos hipotéticos efeitos do aquecimento global. Ali existe o "permafrost" (capa de terra congelada nas primeiras camadas do solo em áreas próximas aos polos). Os cientistas acreditam que o efeito do aumento do calor da Terra afetará mais lentamente estas regiões.
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