O plano de paz para a Ucrânia proposto pelos Estados Unidos contempla o retorno das tropas russas aos quartéis onde estavam antes de 1º de março, revelou nesta segunda-feira a emissora de rádio "Eco de Moscou".
O secretário de Estado americano, John Kerry, teria apresentado no domingo ao ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, um plano de quatro pontos, a alternativa americana ao roteiro russo que quer, a seu ver, em transformar a Ucrânia em uma federação.
Além da retirada das tropas russas, subentende-se também que a Crimeia, península que a Rússia anexou no dia 21, propõe um diálogo direto entre a Rússia e a Ucrânia, se for necessário, com mediadores internacionais.
Também foi proposta uma inspeção internacional por parte da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia.
E, por último, o reconhecimento dos resultados das eleições presidenciais antecipadas convocadas para 25 de maio.
A "Eco de Moscou" destaca que o plano americano não menciona em nenhum momento que a Rússia deva devolver a Crimeia à Ucrânia, embora Kerry tenha voltado a tachar de "ilegal" e "ilegítima" a anexação da península.
Veículos de imprensa russos consideram muito improvável que a Rússia aceite o plano dos Estados Unidos, já que Moscou considera improcedente a presença da OSCE na Crimeia e chamou a Kiev a adiar as eleições presidenciais até que se consome a reforma constitucional.
Quanto às possíveis negociações bilaterais entre Moscou e Kiev, Lavrov defende porque toda a comunidade internacional se dirija a Kiev para que tome medidas urgentes a fim de estabilizar a situação em seu território.
Ontem à noite, Kerry reconheceu que os Estados Unidos e a Rússia "têm opiniões diferentes sobre os eventos que levaram a essa crise", mas reconhecem "a importância de encontrar uma solução diplomática que, simultaneamente, satisfaça as necessidades do povo ucraniano".
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