Ucrânia dissolve Parlamento e convoca eleição
O presidente Viktor Yushchenko, que há meses vive em confronto com o primeiro-ministro, anunciou a assinatura de um decreto que dissolve o Congresso e convoca eleições para maio.
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O primeiro-ministro da Ucrânia, Viktor Yanukovich, afirmou nesta sexta-feira que fez um acordo com o presidente Viktor Yushchenko para resolver suas divergências e colocar um fim na atual crise política.
"Fizemos um acordo com o presidente. A partir da semana que vem e em breve acharemos soluções para todas as divergências", disse Yanukovich diante de milhares de seguidores reunidos na Praça da Independência de Kiev, que no final de 2004 foi palco da Revolução Laranja, que levou Yushchenko à Presidência.
O chefe do Governo explicou que o presidente aceitou a possibilidade de suspender o decreto pelo qual dissolveu a Rada Suprema (Parlamento) e convocou eleições antecipadas para 27 de maio - desencadeando a crise - "enquanto são encontradas respostas políticas e jurídicas para todas as divergências".
"Isto nos permitirá assinar um acordo e nos dirigir aos políticos e ao povo ucraniano, para trazer paz e tranqüilidade a nossa terra. Sobra em nós sabedoria política para não enfrentarmos uns aos outros e unir o país", declarou, segundo a agência "Interfax" na Ucrânia.
Ao mesmo tempo, insistiu na importância do veredicto que vai emitir o Tribunal Constitucional do país sobre a legalidade do decreto pelo qual no último dia 2 Yushchenko dissolveu a Rada, depois de acusar a maioria parlamentar do Governo de Yanukovich de uma política ilegal para acumular mais poder.
O Parlamento e o Governo de Yanukovich se negaram a obedecer o decreto, apesar de ambas as partes terem se comprometido a acatar o veredicto do tribunal, que ainda não tem data para ser emitido.
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