Pessimistas em relação a um cessar-fogo na Síria, os EUA defenderam ontem a adoção de "pressão econômica máxima" e, "se necessária", a intervenção militar internacional no país. A posição foi manifestada pelo secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, na abertura da reunião dos 55 membros do Grupo de Amigos do Povo Sírio, copresidido por EUA, Catar e Turquia.
A China e a Rússia, antecipando essas declarações, reforçaram seu veto a qualquer solução militar para a crise síria. O encontro de ontem, em Washington, ressaltou a dificuldade do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, de promover o cessar-fogo. O massacre de 108 habitantes do vilarejo de Hula, há duas semanas, reforçou a visão do governo americano, compartilhada pela Liga Árabe, sobre a urgência de novas medidas para ampliar o isolamento político e econômico do regime de Bashar Assad e a possível necessidade de ação militar.
"Fortes sanções, adotadas com eficácia e de forma agressiva, podem privar o regime sírio dos recursos necessários para sua sustentação e para a continuidade da repressão contra o povo sírio. E sanções fortes podem ajudar a acelerar a renúncia do regime de Assad", afirmou Geithner.
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