A Rússia condenou o massacre registrado nesta quinta-feira (7) na Síria, um ataque que causou a morte de dezenas de civis na região de Hama, e exigiu um "severo castigo" para os responsáveis desta ação.
"Condenamos da maneira mais firme os atos bárbaros de violência na região de Hama. Seus responsáveis e executores devem ser levados aos tribunais e castigados severamente", indicou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Lukashevich.
Além de condenar o ataque de hoje, o diplomata reiterou a posição da Rússia em relação aos esforços que a comunidade internacional deve fazer para seguir o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.
"Não cabe dúvida que algumas forças recorrem às mais atrozes e infames provocações para sabotar o plano de Kofi Annan. Tenho certeza que nas circunstâncias atuais a resposta deve ser a consolidação dos esforços da comunidade internacional para apoiar a missão do enviado especial da ONU", disse Lukashevich.
O porta-voz das Relações Exteriores voltou a fazer uma chamada ao Governo e à oposição síria para que cumpram estritamente todos os pontos do plano de paz.
"É necessário que os atores exteriores que participam da solução do conflito sírio utilizem todos os canais a sua disposição para pressionar os grupos armados da oposição síria, cuja atividade dos últimos tempos é contrária as que estão mencionadas no plano", declarou.
Moscou acredita que estes esforços "ajudarão a evitar a repetição de tragédias como as de Houla e Hama".
Nesta quinta, grupos opositores sírios denunciaram que várias dezenas de pessoas foram assassinadas em uma aldeia de Hama, em um novo massacre que os opositores atribuíram às forças do regime do presidente Bashar al Assad.
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