O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu nesta quinta-feira que a comunidade internacional "faça muito mais" para isolar a Síria e condenar o governo de Bashar al-Assad pelas informações sobre um novo massacre.
"Precisamos fazer muito mais para isolar a Síria, para isolar o governo, para pressionar e mostrar que o mundo inteiro deseja uma transição política deste regime ilegítimo para um que cuide de seu próprio povo", disse Cameron a jornalistas em Oslo.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), milícias favoráveis a Assad armadas com facas e pistolas atacaram na quarta-feira a aldeia de Al-Koubeir, no centro da Síria, deixando um registro de pelo menos 55 mortos, incluindo mulheres e crianças.
"Se as informações estiverem corretas, trata-se de outro ataque brutal e, francamente, (acho que) a comunidade internacional deve condenar absolutamente este regime e o presidente Assad pelo que está fazendo", ressaltou.
"Acredito que os líderes de diferentes países do mundo, países que têm um assento no Conselho de Segurança da ONU, precisam agora se sentar e discutir o assunto, porque ninguém pode esconder os fatos", afirmou, referindo-se a Rússia e China.
Estes dois se opõem a qualquer intervenção internacional na Síria, mas enfrentam uma crescente pressão para que modifiquem sua posição depois de 15 meses de conflito no qual já morreram cerca de 13.500 pessoas.
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