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Mutirão vai refazer documentos de desabrigados

A população atingida pelas chuvas no Litoral vai poder refazer os documentos perdidos e cancelar as faturas de luz e água com auxílio de um mutirão. Um levantamento da Defesa Civil aponta que cerca de 16 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no Litoral.

A ação, que deve começar na próxima semana, está sendo organizada pela Secretaria de Relações com a Comunidade, que conta com os parceiros do programa Paraná em Ação para programar o mutirão. Entre os parceiros estão o Instituto de Identificação e o Instituto de Registro Civil de Pessoas Naturais do Paraná (Irpen).

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Estimativa de prejuízos

Pontes danificadas: R$ 6,9 milhões

Estradas: R$ 11,7 milhões

Pavimentação de vias urbanas: R$ 5,6 milhões

Edificações públicas: R$ 1,4 milhão

Residências danificadas: R$ 60,1 milhões

Residências destruídas: R$ 8,7 milhões

Prejuízos agrícolas: R$ 10 milhões

Total: R$ 104,6 milhões

Doações

Há vários pontos de coleta de doações para as pessoas afetadas pela destruição causada pela chuva no litoral do Paraná. Saiba como ajudar e onde levar sua doação

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Fim de semana terá chuvas moderadas e céu nublado em todo Paraná

A previsão é de pancadas de chuva moderadas e céu nublado para este fim de semana no Paraná, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar. Segundo o meteorologista Marcelo Brauer, as chuvas mantêm o alerta no Litoral paranaense para os desmoronamentos de terra na região.

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Relatório da Defesa Civil – boletim das 13h de domingo

PARANÁ:(inclui os municípios de Honório Serpa, São José dos Pinhais, Mangueirinha e Rio Azul)

Residências danificadas: 3.906

Residências destruídas: 211

Desalojados: 10.652

Desabrigados: 2.499

Pessoas que ainda estão em abrigos: 436

Pessoas levemente feridas: 221

Pessoas afetadas: 32.691

Mortes: 4

ANTONINA:(Decretado estado de calamidade pública)

Residências danificadas: 1.200

Residências destruídas: 71

Desalojados: 2.289

Desabrigadas: 1.160

Pessoas que ainda estão em abrigos: 361

Pessoas afetadas: 7.550

Pessoas feridas: 200

Mortes: 02

MORRETES:(Decretado estado de calamidade pública)

Residências danificadas: 2.450

Residências destruídas: 85

Desalojados: 8.000

Desabrigados: 1.180

Pessoas que ainda estão em abrigos: 45

Pessoas levemente feridas: 21

Pessoas afetadas: 15.178

Mortes: 01

GUARATUBA:(Decretado situação de emergência)

Residências danificadas: 50

Residências destruídas: 15

Desalojados: 140

Pessoas afetadas: 1.590

PARANAGUÁ:(Decretado situação de emergência)

Residências danificadas: 130

Residências destruídas: 40

Desalojados: 103

Desabrigados: 159

Pessoas que ainda estão em abrigos: 30

Pessoas afetadas: 1.973

Transporte de passageiros

Ônibus

De acordo com a Urbanização de Curitiba S.A (URBS), as empresas que operam linhas apra o litoral do Paraná e Santa Catarina - Expresso Maringá, Viação Graciosa e Catarinense - estão com frota reduzida, mas fazem as viagens regularmente desde terça-feira (15).

Com relação à empresa Graciosa, habitualmente são, em média, 40 viagens no sentido Curitiba-litoral. Nesta quarta-feira (16), a empresa também retomou as operações para todas as cidades, inclusive para Antonina, com uma frota reduzida.

A empresa Catarinense, que opera as linhas que levam ao litoral de Santa Catarina, operava normalmente, mas mudou o itinerário: os ônibus seguem para o litoral passando pela cidade de São Bento do Sul (SC).

De acordo com a Urbs, todas as empresas afirmaram que a procura por passagens para o litoral é pequena e o público que estava viajando era formado, sobretudo, por pessoas que vivem no litoral ou têm parentes na região.

A Graciosa informou que as viagens demoram entre 3 e 8 horas. Em condições normais, o percurso entre Curitiba e o litoral é feito em 1h30. Ainda não foi feito o levantamento dos prejuízos por causa do cancelamento de viagens.

Trem

Não é possível deixar o litoral de trem, pois as viagens de passageiros foram suspensas até o próximo domingo (20), de acordo com a empresa Serra Verde Expressa. O percurso foi suspenso na última sexta-feira (11). A estimativa da empresa é de que 18 viagens (ida e volta) serão suspensas até 20 de março.

dos e 4.600 pessoas desalojadas, segundo o comando do Corpo de Bombeiros da localidade.

De acordo com o Corpo dos Bombeiros, 321 pessoas continuam em abrigos em Antonina. O número de afetados com a chuva na cidade atinge 6 mil pessoas, destas ainda há 2 mil desalojadas. O retorno das aulas foi marcado para o dia 28 por causa das várias famílias desalojadas estarem abrigadas nas escolas da cidade.

Ferrovia liberada

A ferrovia que liga o Porto de Paranaguá ao interior do estado foi totalmente liberada na quinta-feira (17). A América Latina Logística (ALL) - empresa que administra a linha férrea no Paraná ? informou que desde as 14 horas o trecho foi liberado. Ao todo, foram seis pontos de interdição: dois entre Marumbi e Morretes e quatro até Paranaguá. Os trechos foram danificados por alagamentos e quedas de aterro. O primeiro trem, com 45 vagões carregados com soja, já seguiu viagem ao porto de Paranaguá.

De acordo com a ALL, cerca de mil vagões, que aguardavam nos pátios de Curitiba e Ponta Grossa, já estão sendo direcionados para o porto. Para minimizar os efeitos da paralisação, a empresa direcionou as cargas prioritárias originadas no norte do Paraná, para o porto catarinense de São Francisco do Sul.

A ALL considerou a interrupção de baixo impacto. Diariamente, circulam no trecho Curitiba-Paranaguá entre 12 e 15 trens com cerca de 45 vagões carregados, principalmente com soja e farelo.

Os trens pararam de operar ao meio-dia de sexta-feira por causa da chuva forte que atingiu a região e causou estragos à linha e ao terreno. A ALL informou que teve de fazer a recuperação da parte de sustentação da linha e também ajustes na ferrovia.

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Estradas

A Ecovia, concessionária de pedágio que administra o trecho da BR-277 entre Curtiba e o Litoral do Paraná, informou que o tráfego no quilômetro 26 foi liberado em mão dupla às 14 horas de quinta-feira (17). Nesse trecho houve queda de uma ponte. Nesta sexta-feira não havia registro de pontos de lentidão na rodovia.

A Ecovia também informou que não havia fila de caminhões nesta sexta-feira. O percurso entre Curitiba e litoral era feito em 3 horas, em média.

No quilômetro 26, onde restou somente uma das duas pontes, estava sendo liberada a passagem de sentido por vez. Para liberar o trecho, foi feito a concretagem e o aterramento da ponte.

No quilômetro 24, onde há o acesso para Morretes pela PR-408, o tráfego foi liberado para veículos leves na noite desta quarta-feira. Durante todo o dia, cerca de 60 soldados do exército trabalhavam na montagem de uma ponte metálica sobre o Rio Sagrado Três. A ponte de cimento que havia no local foi destruída pela chuva dos últimos dias. A ponte provisória deve permanecer no local por cerca de um mês, até a construção de uma definitiva.

A BR-277 está liberada para o trânsito de caminhões, veículos leves, ônibus de passageiros e veículos que transportam donativos. Do quilômetro 12 ao 29, o trânsito estava em meia-pista nesta sexta-feira.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz um alerta: como a rodovia é toda de pista dupla e agora foi transformada em pista simples, não há sinalização de proibição da ultrapassagem. A PRF pede que nenhum motorista faça ultrapassagens entre os quilômetros 29 a 12, além de reduzir a velocidade neste trecho.

A BR-227 e a PR-410 (Estrada da Graciosa) são rotas possíveis para deixar o litoral do Paraná. A orientação da PRF é de que somente quem tem extrema necessidade pegue as estradas.

A PR-410 (Estrada da Graciosa) estava parcialmente liberada e os motoristas devem contornar a localidade de São João da Graciosa. A recomendação da PRE é evitar o trecho entre os quilômetros 20 e 30, onde ainda há obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Deve-se contornar esse trecho pelo centro de Morretes e depois voltar para a PR-410. A seguir, os motoristas devem trafegar até a BR-116 e pegar as pistas de retorno para Curitiba.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER)divulgou um balanço que aponta 21 pontos críticos em três rodovias estaduais nesta quinta-feira.

BR-376

A lentidão na BR-376 chegou a 25 quilômetros no sentido Curitiba na manhã desta sexta-feira (18). Durante a tarde, a retenção de veículos era menor e as filas só aumentavam de tamnho próximo ao horário de liberação do sistema Pare/Siga, que opera no trecho do quilômetro 663 ao 672, entre Tijucas do Sul e Guaratuba, por causa de quedas de barreiras e afundamento de pista. A rodovia fica liberada por duas horas. Antes e depois desse trecho, os motoristas podem seguir em duas faixas em cada sentido.

A previsão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é de que o trecho do quilômetro 652 da 376 ao 5 da 101 leve até 6 horas para ser percorrido.

Segundo a PRF, a lentidão no sentido Santa Catarina-Paraná é explicada porque o trecho exige a subida da serra, o que é mais demorado porque os caminhões em geral são lentos. Para percorrer esse trecho, o tempo médio era de 8 horas, segundo a estimativa da PRF. O tempo da viagem de Curitiba para Joinville é de aproximadamente 4 horas.

A PRF estima que o tempo total de uma viagem de Curitiba ao Litoral, que normalmente pode ser feita entre 2h30 e 3 horas, dure até 8 horas. Já do Litoral para Curitiba, o trajeto que era percorrido entre 3 a 4 horas, pode levar até 12 horas.

Confira outras opções para seguir para Santa Catarina ou retornar para o Paraná.

Áreas de risco em Morretes

Técnicos da empresa Minérios do Paraná S.A (Mineropar) realizam uma vistoria, nesta sexta-feira (18), no distrito de Pitinga, município de Morretes. Eles vão determinar se há risco de deslizamentos na região e se há necessidade da retirada das famílias que vivem no local. São cerca de sete morando da região.

Na quinta-feira (17), parte do distrito de Pindaúva, também em Morretes, foi evacuado em uma medida preventiva da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Uma encosta da região foi comprometida e havia risco de desabamento. Cerca de 45 pessoas foram encaminhadas para casas de parentes ou abrigos públicos.

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Novo deslizamento em Antonina

Um novo deslizamento foi registro na cidade de Antonina, Litoral do Paraná, na noite de quarta-feira (16). O deslizamento ocorreu em um morro no bairro Quilômetro Quatro, na saída para Morretes, no começo da PR-408. Nenhuma casa foi atingida. Técnicos da empresa Minerais do Paraná S.A (Mineropar) estiveram no local e avaliaram que não há risco para os moradores da região.

O deslizamento havia danificado a rede de distribuição de água da cidade. Segundo a prefeitura, o reparo foi realizado e o bombeamento de água já estava sendo feito nesta sexta-feira.

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Ajuda federal

Ainda não se sabe quanto os municípios do litoral do estado afetados pela chuva vão receber de repasses federais. O prejuízo total foi estimado em R$ 104,6 milhões pela Defesa Civil.

Entre casas destruídas ou danificadas, o prejuízo soma R$ 68,8 milhões - 65% do total. As perdas com estradas já chegam a R$ 11,7 milhões (11% do total). Também há registros de prejuízo de R$ 10 milhões na agricultura (9% do total), R$ 6,9 milhões em pontes destruídas (6%), R$ 5,6 milhões em pavimentação de vias urbanas (5%) e R$ 1,4 milhão em danos causados em edificações públicas (1%).

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, prometeu a construção de 400 casas na região e disse que recursos devem ser encaminhados para o estado na próxima semana, mas não falou sobre valores.

Parte de um recurso federal de R$ 300 milhões pode ser usada no socorro aos municípios, mas não se sabe quanto desta verba poderia ser destinada para o Paraná. O ministro reforçou que as verbas serão destinadas para obras emergenciais e que a reconstrução das cidades, neste momento, fica em segundo plano. Ele sinalizou que deve pedir mais dinheiro por medida provisória.

Bezerra, e o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, fizeram um sobrevoo sobre as regiões atingidas pelas chuvas.

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MP-PR pede a retirada das famílias das áreas de risco

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com medida cautelar pedindo a retirada de todas as famílias que se encontram nas áreas de risco em Antonina, Litoral do Paraná. ?Queremos que a medida cautelar apresentada sirva como base para que novas tragédias não venham a ocorrer e que a região, se de fato não tiver condições, não volte a ser ocupada?, disse a promotora de Justiça, Rosana Mikrut da Rocha Loures Demchuk, autora da ação, por meio da assessoria de imprensa.

Quatro pessoas morreram no Paraná por causa da chuva, três delas no litoral.

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População em abrigos no litoral

São 499 pessoas ainda instaladas em abrigos no litoral do Paraná, quatro dias após os deslizamentos. O número faz parte de dados divulgados pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil nesta sexta-feira (18), no boletim das 18 horas. O número de desabrigados chegou a 2.499 em Antonina, Morretes e Paranaguá.

O maior número de desabrigados registrado pela Defesa Civil ocorreu em Morretes. O órgão informou que 1.180 pessoas foram cadastradas em abrigos na cidade, mas que apenas 44 permaneciam em abrigos improvisados até esta sexta-feira. O restante dessas pessoas conseguiu se alojar em casa de familiares ou saiu da cidade e deixou de fazer parte da estatística do órgão.

Em Antonina está o maior número de pessoas que ainda permanecem em abrigos. Eram 321 nesta sexta-feira. O total no município chegou a 1.160. Com relação a Paranaguá, 134 moradores da cidade estão em abrigos.

Guaratuba - a quarta cidade do litoral atingida pela chuva - não teve desabrigados, segundo a Defesa Civil.

Antonina registrou uma redução no número de pessoas desalojadas. De 6 mil moradores nesta situação passaram a 2.289.

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Aulas suspensas

Alunos de 31 escolas estaduais do litoral estão sem aulas temporariamente por causa da chuva que atingiu a região. Colégios de Morretes, Antonina e Paranaguá são utilizados como abrigo para os desabrigados ou como espaço para guardar doações. Dificuldade de acesso e falta d?água também deixam estudantes sem aulas.

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Atividades nos oleodutos suspensas

Uma das três tubulações da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) afetadas pela forte chuva da última semana voltou a funcionar nesta sexta-feira (18). O poliduto de derivados entre a Repar e às bases de Itajaí, Biguaçu e Garamirim, todas em Santa Catarina, começou a operar no início da tarde. As outras duas, que ligam a refinaria a Paranaguá e São Francisco do Sul, devem voltar a funcionar neste sábado (19). Com o retorno, a Petrobras prevê a normalização no abastecimento de derivados de petróleo no estado.

A Petrobras deslocou gasolina e óleo diesel de São Paulo para evitar desabastecimento no Paraná. A Repar produziu pouca quantidade de combustíveis porque a atividades dos oleodutos que abastecem a refinaria foram suspensas.

Os deslizamentos BR-376 danificaram oleodutos em Paranaguá, São Francisco do Sul (SC) e Biguaçu (SC) e impedem o transporte de Petróleo. O presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, afirma ser pouco provável a falta de combustível no Paraná.

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Limpeza das casas atingidas pela chuva no litoral

Famílias do litoral do Paraná que tiveram a casa invadida pela enchente e pelo barro e já receberam autorização dos órgãos competentes para retornar aos imóveis precisam ter cuidado no momento da limpeza das casas.

Segundo o órgão, o barro - que fica nas casas depois que o nível da água baixa - está contaminado. Existe risco de leptospirose, pois pode haver a bactéria presente na urina dos ratos. A orientação da Secretária de Estado da Saúde (Sesa) é para que as pessoas façam uso de botas e luvas plásticas na limpeza.

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Situação em Antonina e Morretes

Em Morretes, a forte chuva provocou alagamentos e deslizamentos de terra. Um pessoa morreu e mais de 9 mil tiveram que deixar suas casas. Os moradores chegaram a ficar sem água e luz, mas os serviços já foram restabelecidos.

As quatro agências bancárias da cidade foram afetadas. Até esta quinta-feira (17), os caixas eletrônicos do Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal não estavam operando, pois foram danificados pela água. O atendimento era feito nos caixas convencionais. A agência do Banco do Brasil permanecia fechada.

Em Antonina a região mais afetada foi o bairro Laranjeira, onde houve deslizamento de terra e duas pessoas morreram. A chuva afetou o sistema de abastecimento de água da cidade. No fim de semana chegou a faltar alguns produtos nos supermercados, inclusive água mineral.

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Situação em Paranaguá

De acordo com a CAB Paranaguá, desde a madrugada de quinta-feira (17), já estão sendo bombeados 100 litros de água potável por segundo do manancial Miranda, o que restabeleceu parcialmente o abastecimento em 20 bairros. Ainda estão sendo feitos testes de qualidade de água no manancial do Rio Ribeirão. A previsão da companhia é de que ainda nesta sexta-feira a água eja tratada e bombeada para o sistema, liberando mais 150 litros por segundo.

Com dois mananciais em operação, aproximadamente 60% do sistema deverá estar regularizado até o fim daa semana. De acordo com a empresa, dessa forma será possível atender de forma satisfatória a população.

A companhia ainda trabalha para a liberação do Rio Santa Cruz, o que deve ocorrer em até 15 dias. Com a entrada do manancial Serra da Prata, a expectativa é que o sistema disponibilize cerca de 85% da necessidade diária de água para a cidade. Os caminhões-pipa, sob coordenação da Defesa Civil, continuarão a ser disponibilizados.

O sistema de captação e tratamento de água de Paranaguá voltou a operar na noite de quarta-feira, depois de cinco dias paralisado. O volume produzido até agora, no entanto, atende apenas 25% da demanda. O sistema só deverá ser normalizado em 6 meses.

Até quinta-feira, 16 bairros da cidade haviam recebido água. Para que todas as regiões fossem abastecidas seriam necessárias 48 horas, pois o volume de água era pequeno e ela precisa percorrer cerca de 570 quilômetros de tubulação e galerias.

A maioria dos moradores ainda pegava água nos bairros estratégicos, onde há distribuição. Os caminhões pipa, que vão para Matinhos e Pontal do Paraná para pegar água, ainda fazem bastante esse trabalho. A prefeitura afirmou que as aulas vão continuar suspensas pelo menos nesta semana.

A falta d?água afetou também o atendimento no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. As cirurgias eletivas foram suspensas e o hospital atende apenas os casos emergenciais. Caminhões-pipa estão levando água para o hospital a cada três ou quatro horas.

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Balanço do Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros divulgou nesta quinta-feira (17) um balanço completo com os números atualizados sobre as operações realizadas e a situação das cidades afetadas pelas chuvas no Litoral do Paraná. Foram utilizados oito caminhões-pipa e um caminhão-tanque, para o abastecimento de água em Paranaguá. Nesta quinta-feira, o fornecimento foi realizado por três caminhões da Sanepar e um dos bombeiros. Em Antonina foram usados três caminhões dos bombeiros, sendo que dois continuavam na cidade até esta quinta. Em Morretes, apenas um caminhão-pipa fornece água para a cidade.

O efetivo empregado nas missões no Litoral soma 201 pessoas e 43 viaturas. Em toda a operação, foram realizadas 76 operações aéreas e 17 transportes aeromédicos.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, o sistema de telefonia ainda apresentou problemas em alguns pontos de Morretes e de Guaratuba nesta quinta-feira.

Entre os 450 bombeiros e policiais militares (PM) que auxiliam as vítimas das chuvas no Litoral do Paraná, mais de 100 são voluntários. Esses agentes já estavam na região, trabalhando na Operação Verão, e, ao serem dispensados na última sexta-feira (11), se colocaram à disposição para continuar atuando no local.

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Litoral - Depoimento moradora

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(Colaboraram com a matéria: Vanessa Preteano, Fabiane Ziolla Menezes, Isadora Rupp, Breno Baldrati, Fernanda Leitóles, Vitor Geron, Gladson Angeli, Fernanda Trisotto, Eloá Cruz e André Golçalves, correspondente em Brasília)

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