92,11% das violações acontecem na zona urbana

68,52% das vítimas são de cor branca

53,59% dos casos é contra jovens do sexo masculino

51,61% das violações são praticados por familiares

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Pesquisa realizada em 399 cidades do Paraná, pela secretaria estadual da Criança e da Juventude, aponta que 92,11% da violência praticada contra crianças e adolescentes no estado se concentram na zona urbana. Na maioria das vezes os violados são do sexo masculino, de cor branca e os agentes violadores são familiares da vítima. As informações foram apresentadas nesta quarta-feira (17), durante um seminário sobre as violações dos direitos das crianças e adolescentes, que aconteceu em Curitiba.

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De acordo com o coordenador-geral da pesquisa, o professor Paulo Vinícius Baptista Silva, a linha de atuação foi a de diagnosticar os vários tipos de violações e identificar os agentes violadores dos direitos fundamentais. As violações por categoria de análise tiveram como base a região de moradia, a faixa etária, o sexo, a cor e agentes violadores de direitos.

Segundo a pesquisa, que usou como base os dados de 2006, no estado do Paraná foram registrados 55.646 violações contra crianças e adolescentes no ano analisado. No município de Curitiba e Região Metropolitana, foram 6.590 casos. A pesquisa mostra que 92,11% das violações se concentram na zona urbana, com 51.253 das ocorrências contra jovens nas faixas etárias de 10 a 17 anos. Em 53,59% dos casos a violência é praticada contra jovens do sexo masculino; 68,52% das vítimas são de cor branca e 51,61% das violações são praticados por familiares, pela inadequação do convívio familiar.

Na questão envolvendo a inadequação do convívio familiar, a pesquisa apontou que o principal problema está na violência psicológica, com 2.992 casos, quando o agente violador é a família. Em segundo lugar o convívio com drogas químicas e álcool, e em terceiro a violência física, com 1.349 casos apontados.

No que diz respeito a educação, cultura, esporte e lazer, os principais problemas encontrados foram a falta de acesso no ensino fundamental, ausência de creches e escolas e atos atentatórios ao exercício da cidadania, como o impedimento de acesso à escola, com 15,42% dos casos, e permanência no sistema escolar, com 26,42%.

Vítimas

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No último mês e novembro pelo menos quatro casos de violência infantil foram identificados no Paraná. O caso da jovem Raquel Maria Lobo Oliveira Genofre, de nove anos, cujo corpo foi encontrado em uma mala abandonada na Rodoferroviária de Curitiba, ganhou repercussão nacional. Até hoje a polícia não conseguiu identificar o autor do crime.

Outro caso na capital paranaense foi da jovem Lavínia Rabeche da Rosa, de 9 anos, que foi estrangulada por um conhecido da família, enquanto dormia ao lado da mãe e da irmã mais nova.

No interior do estado ganharam destaque o assassinato da menina Pâmela Diele Pedro dos Santos, de três anos, em Querência do Norte, Noroeste do Paraná. O autor do crime foi preso e teria confessado que matou por vingança.

Em Castro, região dos Campos Gerais, chocou a população o assassinato por estrangulamento da menina Alessandra Subtil Betim, de oito anos.