- Infiltração teria aberto cratera
- Bloqueio por cratera no Juvevê continua; abastecimento de água é retomado
- Prefeitura não sabe se há risco no local
- Área tem histórico de problemas
- Cratera engole pista e bloqueia rua
- Cratera afeta prédios e fecha pista na Avenida João Gualberto
- Rachadura interdita Rua Padre Anchieta, em Curitiba
- Rachadura interdita pista Centro-bairro da Rua Padre Anchieta
Parte do muro de uma casa e da garagem de um prédio, vizinhos a um terreno com uma obra em construção na Rua Brigadeiro Franco, no bairro Mercês, em Curitiba, desabaram na tarde deste domingo (19). O desmoronamento ocorreu nos fundos. Um pedaço do muro está caído no estacionamento de um edifício residencial, na própria Rua Brigadeiro Franco, enquanto a estrutura da casa, na Rua Desembargador Isaías Beviláqua, está comprometida e foi interditada para evitar o risco de desabamento.
Este é o segundo caso de desabamento em uma construção que afeta prédios vizinhos em uma semana em Curitiba. No Juvevê, uma cratera interditou parte da Avenida João Gualberto.
» Vídeo - Moradores falam sobre muro de construção que desabou
De acordo com a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, a obra já está interditada por conta do risco aparente e não teria alvará, já que não apresenta placa de identificação. O arquiteto e autor do projeto, Ângelo Tombosi, disse que a obra recebeu autorização da Prefeitura e da Secretaria de Obras Públicas em novembro e dezembro de 2010 e, portanto, deveria ter alvará.
Segundo o engenheiro da Cosedi, Jorge Castro, a casa será interditada porque a estrutura foi afetada. A proprietária da casa, Sirlei Fernandes, de 63 anos, contou que a parte da casa que cedeu é um quarto. O prédio vizinho, um residencial de quatro pavimentos e com sete apartamentos, foi evacuado pelos próprios moradores, mas não precisará ser interditado porque apenas o estacionamento foi danificado.
Os moradores do prédio foram encaminhados para um hotel pela Construtora ARB, empresa de Blumenau responsável pela obra, onde devem passar a noite. A família residente da casa preferiu ir para a residência de um parente. A construtora se dispôs a encontrar outro imóvel para a família que vivia no local danificado. O arquiteto Ângelo Tombosi garantiu que ?serão tomadas todas as providências para o bem-estar dessas pessoas?.
Os moradores ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo relataram que sentiram tremores no prédio desde o início desta manhã. Segundo Murilo Bayer, era possível perceber o edifício balançar desde as 7h30 deste domingo (19). Miriam Ferrari contou que sentiu alguns tremores por volta das 8h45.
Bayer disse que, pela manhã, os moradores entraram em contato com os responsáveis pela obra por causa dos problemas, mas foram informados de que não havia nada anormal. Segundo Bayer, o muro começou a ceder por volta das 13h45 e ainda era possível ver o barranco desmoronando por volta de 15h30.
Outra moradora do local, Valéria Guerra afirmou que desde que as obras começaram havia muito barulho e tremores, por causa do maquinário que fazia a fundação do local.
O projeto prevê a construção de um prédio residencial de seis andares no local. As obras começaram há cerca de 30 dias, com a movimentação do terreno. Neste momento, estava sendo construído um muro de contenção dos terrenos vizinhos, que sofreu infiltrações e cedeu.
A equipe da construtora virá a Curitiba nesta segunda-feira (20) para avaliar os estragos e conversar com os moradores. Órgãos responsáveis também farão uma avaliação no local.
Cratera
Um trecho da Avenida João Gualberto, no bairro Juvevê, deslizou na madrugada de quinta-feira sobre a fundação de um prédio em construção. O acidente, ocorrido por volta das 3 horas da manhã, formou uma cratera de 6 metros de profundidade e 25 de comprimento, que "engoliu" parte da pista no sentido bairro-Centro. Ninguém ficou ferido.
O trânsito foi bloqueado em toda a avenida (canaleta e vias laterais) e três prédios foram interditados pela Defesa Civil. Segundo o órgão, as construções do lado direito, onde fica uma floricultura e uma funerária, estão mais comprometidas e devem passar por uma reforma ou reconstrução para voltarem a ser ocupados. Já a outra construção, que abriga moradias e comércios, não tem danos estruturais e pode ser liberada assim que a situação na rua estiver estável. O bloqueio poderá durar por pelo menos 20 dias.
As primeiras análises do acidente apontam uma combinação de fatores para explicar o fato. Problemas de infiltração no subsolo da avenida aparecem como a causa mais provável, sendo possivelmente agravados pelas condições na estrutura da obra. A Chemin Novaes Engenharia, responsável pelo projeto, avalia que a pista cedeu por causa de um solapamento de terra ? quando a água de vazamentos retira a estabilidade do solo. Na quinta-feira, depois do acidente, a Sanepar informou ter detectado um vazamento na região, mas avaliou que o rompimento ocorreu por causa do deslizamento.
Trânsito
O trânsito na via, entre as ruas Moysés Marcondes e Manoel Eufrásio, está bloqueado. Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) orientam os motoristas, que precisam desviar da quadra pelas duas vias rápidas paralelas (ruas Campos Sales e Nicolau Maeder). Os biarticulados fazem o mesmo desvio. A estação tubo Bom Jesus só opera no sentido centro-bairro. A liberação da João Gualberto, inclusive a canaleta e a outra pista lateral não atingida, depende das obras de reparação a serem feitas pela empreiteira responsável pelo empreendimento.
Rachadura
Na noite da última terça-feira (14), uma das pistas da Rua Padre Anchieta, no bairro Bigorrilho, em Curitiba, foi interditada por causa de uma rachadura. O bloqueio ocorre no sentido Centro-bairro, da Rua General Aristides Athayde Júnior até a Rua Marechal José Bernardino Bormann. No sentido bairro-Centro, há um bloqueio na Rua Joaquim Ignacio Taborda Ribas, de acordo com a prefeitura de Curitiba.
Segundo a prefeitura, a rachadura na Rua Padre Anchieta foi ocasionada por uma infiltração na ponta de uma das cabeceiras do viaduto localizado nas proximidades da Rua Euclides da Cunha. Escavações foram feitas no local para descobrir o que causou a infiltração.
A prefeitura ressaltou que não foram constatados problemas na estrutura do viaduto e que não existe risco de desmoronamento. A estrutura do viaduto foi reforçada em 1996 e impede qualquer possibilidade de queda, segundo a prefeitura.
A via deve ser liberada para o tráfego na segunda-feira (20).
» Vídeo - Moradores falam sobre muro de construção que desabou
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