O retorno de tropas da Força Nacional de Segurança (FNS) a Quedas do Iguaçu, área de conflito agrário no Paraná, foi publicado no Diário Oficial na segunda-feira (11). O Ministério da Justiça já havia confirmado à Gazeta do Povo, na sexta-feira (8), que parte o efetivo voltaria a agir no estado. O regresso deverá acontecer no prazo de até 30 dias, e o contingente vai depender de uma ação de planejamento, ainda não definida. O envio das tropas ao município paranaense está relacionado com a morte de dois sem-terra em confronto com a Polícia Militar, na quinta-feira passada(7).
Saiba onde ficam os assentamentos e os acampamentos do MST que envolvem a empresa Araupel.
“Quando a paz voltar”, PM fará operação de desarmamento em Quedas do Iguaçu
Leia a matéria completaDesde dezembro, a FNS reforçava a segurança na região, a pedido do governador Beto Richa, que solicitou o apoio ao governo federal em função do acirramento do conflito agrário no local. Contudo, o reforço era provisório – pelo prazo estipulado de 90 dias – e venceu no mês passado. Com a saída da FNS, o governo estadual decidiu reforçar o policiamento, enviando mais 100 policiais (o número total não foi anunciado).
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) afirma que a polícia avançou, atirando, sobre um grupo de integrantes. Já a polícia informa que apenas revidou depois de ser recebida a tiros. O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar os fatos ocorridos em Quedas do Iguaçu.
Tanto os integrantes do MST quanto os representantes da empresa Araupel, envolvidos no conflito, querem a presença da Força Nacional de Segurança para apaziguar a situação na área.
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