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Greve completa uma semana e reajuste salarial será decidido pela Justiça

Leonardo Di Caprio apresenta documentário sobre o aquecimento global | Reprodução
Leonardo Di Caprio apresenta documentário sobre o aquecimento global (Foto: Reprodução)

A greve dos Correios no Paraná completa uma semana na quarta-feira (19) e ainda não há previsão de quando chegará ao fim. Nesta terça-feira (18) houve mais uma reunião nacional da categoria, em Brasília. De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez uma nova proposta de reajuste de R$ 50 para R$ 60 de aumento real nos salários dos funcionários. O comando nacional de greve rejeitou a nova proposta e a decisão sobre o reajuste salarial irá para dissídio coletivo.

"Infelizmente não houve acordo e agora quem vai definir é o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A partir de amanhã cedo estaremos no TST para tentar a conciliação entre as partes", afirmou o consultor da presidência dos Correios em Brasília, Fausto Weiler. "Queremos que isso seja resolvido o mais rápido o possível, as pessoas confiam na empresa e isso prejudica a todos no país", definiu Weiler.

De acordo com o secretário do Sintcom-PR, a greve vai continuar por tempo indeterminado. "Essa é uma proposta insignificante. Vamos continuar concentrados na sede da Rua João Negrão e no dia a dia vamos decidir novas manifestações", explicou Santos.

A categoria reivindica R$ 200 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais. Conforme cálculos do Dieese, as perdas, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77%.

Os Correios ofereceram 3,74% de reajuste, R$ 60 de aumento real em janeiro de 2008 (a soma dos dois valores chega a 15% de reajuste) e um abono de R$ 400. Embora considerada insignificante, o comando nacional de greve vai analisar a nova proposta, a partir das 10 horas em assembléias. No entanto, o Sinticom-PR acredita o novo valor será amplamente rejeitado em todo o país.

Paralisação

No Paraná, a greve atinge 90% de adesão dos funcionários, segundo o Sinticom-PR. "Hoje (terça-feira) as cidades de Medianeira (Oeste), Santo Antônio da Platina (Norte Pioneiro), e Cornélio Procópio (Norte Pioneiro) também aderiram a greve", afirmou Santos. Do outro lado, a assessoria de comunicação dos Correios no Paraná afirma que a paralisação atinge em torno de 45% do atendimento na distribuição e 20% na triagem.

Passeata

Algumas ruas da região central de Curitiba ficaram com o trânsito complicado na tarde desta terça-feira (18). Os grevistas fizeram uma passeata em direção à Câmara Municipal de Curitiba. A passeata saiu da sede dos Correios no Paraná, na Rua João Negrão e percorreu as ruas Getúlio Vargas, Conselheiro Laurindo e Sete de Setembro. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), cerca de 400 grevistas participaram da passeata. Agentes da Diretran acompanharam a passeata e orientaram o trânsito.

A manifestação durou cerca de uma hora, das 15h às 16h, quando os grevistas chegaram à Câmara. Na manhã desta segunda-feira (17), os manifestantes fecharam a Agência Marechal Deodoro, a maior de Curitiba.

Histórico

A greve nos Correios do Paraná teve início na noite de quarta-feira (12), seguindo a paralisação nacional. De acordo com o Sintcom-PR, cerca de 90% dos funcionários da empresa estão parados no Paraná. Por outro lado, a assessoria de comunicação dos Correios no estado afirma que em torno de 45% do atendimento foi afetado na distribuição e 20% na triagem.

Interior

Na cidade de Foz do Iguaçu, no Oeste, o centro de Distribuição Domiciliar dos Correios já acumula mais de 100 mil correspondências desde o primeiro dia de paralisação. Das cerca de 30 mil encomendas recebidas diariamente na fronteira, oito funcionários estão liberando apenas malotes, alguns sedex e medicamentos, em torno de 30% de atendimento normal. Com a paralisação geral, na região, outros sete municípios estão sendo diretamente afetados.

Na região dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, a gerência dos Correios estima que 33% do efetivo esteja paralisado. Em Umuarama, Noroeste, a situação é a mesma. A maior parte das faturas de telefone e energia elétrica, que são enviadas pelas centrais de Curitiba, nem está saindo de Curitiba.

Em Paranaguá, no litoral do estado, a entrega de encomendas urgentes, malotes e de correspondências registradas está sendo realizada no balcão da agência central dos Correios na cidade.

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