Equipes da Secretaria de Serviços Públicos concluiram na quinta-feira (20) os trabalhos de isolamento da área| Foto: Fábio Dias

Maioria dos maringaenses é contra demolição da Rodoviária Velha, aponta enquete

Enquete realizada na última semana no site da RPC TV Cultura mostra que 61% dos maringaenses preferem que o prédio da Rodoviária Velha de Maringá seja restaurado em vez de demolido, como planeja a Prefeitura. O portal perguntou aos internautas: "O que você acha que deve ser feito com a antiga rodoviária de Maringá?" A opção "deve ser demolida para construção de outro prédio no local" foi escolhida por apenas 39% dos participantes. A alternativa vencedora foi "Deve ser restaurada por ser um patrimônio da cidade", com 61% dos votos. Ao todo, o site recebeu 20.006 votos.

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Quatro antigos condôminos da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, a Rodoviária Velha de Maringá, foram até a delegacia nesta segunda-feira (24) para registrar um boletim de ocorrência (B.O.) por causa dos trabalhos de demolição feitos no local. Segundo informações da Polícia Civil, o grupo alegou que não houve notificação da Justiça para derrubada do prédio e que as lojas (que estão provisoriamente sob posse da prefeitura) estão sendo arrombadas e destruídas pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

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Na última sexta-feira (14), o dono de uma loja na rodoviária já havia registrado outro B.O. alegando dano ao seu estabelecimento. A polícia informou que vai investigar o caso. Desde o última quinta-feira (20), as equipes da prefeitura iniciaram a retirada de todo o material que poderá ser reaproveitado (como luminárias, ferragens, portas, entre outros), trabalho que antecede a demolição do local.

Segundo o advogado dos lojistas, Alberto Abraão Vagner da Rocha, os condôminos estão revoltados com a situação. "Esta atitude foi tomada por causa da forma como foi realizado o trabalho. A prefeitura entrou nas lojas sem informar a ninguém, expondo pertences e mercadorias, foi algo violento", explicou.

O procurador jurídico do município, Luiz Carlos Manzato, tomou conhecimento dos boletins de ocorrência, no entanto, afirmou que a prefeitura não deve tomar nenhuma medida com relação a isso. "Eles estão sonhando. Nós temos a imissão de posse, ou seja, temos autorização legal para isso. Muitos acham que estamos entrando por nossa própria conta e não sabem que o dinheiro da indenização já foi depositado", afirmou. Já o secretário de Serviços Públicos, Wagner Mussio, declarou que todos os lojistas retiraram seus pertences.

Obras de demolição podem ser feitas pela prefeitura

A demolição da antiga rodoviária para a possível instalação de um centro cultural poderá ser feita pela própria equipe da Secretaria de Serviços Públicos. Até então, a prefeitura cogitava a contratação de uma empresa para fazer o serviço. Inclusive, a procuradoria jurídica do município pretendia lançar o edital de licitação na última sexta-feira(21), o que não ocorreu, já que o levantamento dos serviços que deveriam ser terceirizados não havia sido concluído.

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Em entrevista para o JM, Mussio explicou que a prefeitura só vai definir a abertura de licitação após a retirada de todo o material que poderá ser reaproveitado e do início das demolições. "É um trabalho lento, que estamos fazendo com todo cuidado. Não temos como precisar uma data".

Condôminos recorrem de decisão judicial

Na última terça-feira (18), O juiz a 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto Marques dos Santos, manteve a decisão que concedeu posse provisória do prédio para a prefeitura. Diante disso, os antigos condôminos da rodoviária apresentaram na quinta-feira (20) um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná, com pedido de efeito suspensivo. "A prefeitura está tomando ações como se tivesse a posse definitiva do local. Portanto, decidimos recorrer para impedir esses atos", disse o advogado do grupo, Alberto Rocha.

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