O prefeito Silvio Barros (PP) devolveu sem apreciação o projeto de reforma administrativa da Câmara Municipal de Maringáaprovado pelos vereadores em 29 de abril e que extinguia 18 dos 78 cargos comissionados (CCs) da casa. Ele teria até esta quarta-feira (27) para sancionar ou vetar a proposta, mas devolveu o texto ao presidente Mário Hossokawa (PMDB) na tarde desta terça-feira (26). Segundo o vereador, a devolução veio acompanhada de uma justificativa do prefeito, onde dizia que não se posicionaria por se tratar de um assunto interno da Câmara.
Ao mesmo tempo, atendendo às reclamações de vários setores da sociedade que consideraram o corte de 18 CCs insuficiente, um grupo de vereadores já prepara um novo projeto que pretende uma diminuição maior. De acordo com Evandro Júnior (PSDB), um dos autores, o número exato de cargos extintos ainda não está fechado pois o grupo busca um consenso com parlamentares da oposição e da situação. "Queremos um acordo que agrade os 15 (vereadores) e principalmente a sociedade". Uma reunião entre as partes foi realizada na tarde desta terça para discutir o tema.
Júnior defende que a nova reforma, terceira proposta que entrará na pauta da Câmara, seja votada em regime de urgência já na sessão de quinta (28) e que uma sessão extraordinária seja marcada para sexta (29) quando o texto entraria em segunda discussão. Preliminarmente o texto prevê a manutenção de apenas 29 CCs, mas a verba de gabinete subiria de R$7,2 mil para R$12,7 mil. Com essa nova estrutura, a economia seria de aproximadamente R$1,3 milhões por ano.
Já o vereador da oposição Humberto Henrique (PT) defende que o assunto deve ser debatido com mais calma antes de ser posto em votação. Segundo Henrique, o valor de R$12,7 mil para verba de gabinete para contratação de assessores também é alta e que é preciso estabelecer um limite no número de contratados. "A proposta ainda é tímida. Dá para avançar mais", disse.
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