O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ofereceu denúncia contra as três pessoas que estão presas, suspeitas do assassinato de Louise Sayuri Maeda ocorrido em maio deste ano. De acordo com o inquérito do caso, concluído na semana passada, o crime foi motivado por vingança e razão da universitária ter denunciado furtos que vinham ocorrendo no caixa da iogurteria onde trabalhava.
Márcia do Nascimento, de 21 anos, Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, e Elvis de Souza, de 20 anos, foram denunciados por dois crimes, homicídio e ocultação de cadáver. A promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Souza considerou que o crime de homicídio foi triplamente qualificado: teve motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e foi cometido para assegurar que outro crime (os furtos) ficasse impune.
O advogado Gianfranco Petruzziello, contratato pela família da universitária para auxiliar a promotoria, afirmou que vai trabalhar para que os três sejam condenados. "Os três juntos arquitetaram o plano que resultou no crime, então devem receber a mesma pena", disse.
O caso segue agora para a Justiça que vai decidir se aceita a denúncia, tornando os suspeitos réus. O advogado acredita que as primeiras audiências do caso devem ocorrer ainda este ano, mas o julgamento deve ficar para o ano que vem. "O processo tem um trâmite. A Justiça deve ouvir cerca de 40 testemunhas de acusação e entre 10 e 15 da defesa", explicou.
A prisão preventiva dos três suspeitos foi expedida pela Justiça no dia 16. Se condenados por homicídio qualificado, cada um dos três acusados pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão. A pena prevista para ocultação de cadáver é de 1 a 3 anos.
O crime
Segundo as investigações, no início de maio, Louise descobriu uma série de irregularidades cometidas por Márcia, entre elas furtos, e sugeriu aos proprietários da empresa que demitissem a funcionária.
No dia 31 de maio, Louise e Fabiana deixaram juntas o Shopping Mueller, onde fica a iogurteria em que trabalhavam. Segundo a polícia, Márcia convenceu Fabiana a convidar a vítima para ir a um barzinho. Elas entraram em um Gol, onde Márcia e o outro acusado as esperavam.
Eles seguiram até o bairro Campo de Santana, onde Márcia simulou passar mal. Fora do carro, Louise foi levada a um ponto isolado, onde foi executada.
Para auxiliar em um eventual júri popular, a polícia realizou, na noite do dia 15, a reconstituição dos fatos. O procedimento foi realizado com base no depoimento de cada um dos três acusados. O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba.
Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária, suspeitas de participar do assassinato com a ajuda de um rapaz. Élvis se entregou à polícia somente no dia 23 de junho, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.
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