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Validadores mostram novo valor de tarifa de R$ 3,30, mas Urbs garante que quem pagar no cartão só terá descontado R$ 2,85 | Fernanda Trisotto / Gazeta do Povo
Validadores mostram novo valor de tarifa de R$ 3,30, mas Urbs garante que quem pagar no cartão só terá descontado R$ 2,85| Foto: Fernanda Trisotto / Gazeta do Povo

Usuários podem pedir extrato do cartão-transporte

Quem quiser conferir se os créditos debitados no cartão-transporte correspondem aos R$ 2,85 da antiga tarifa pode solicitar um extrato do cartão.

No posto de atendimento da Urbs na Rodoferroviária e nas Ruas da Cidadania, o documento fornecido tem os dados do mês. Outra opção é solicitar o documento por meio do telefone 156, da prefeitura. Algumas pessoas informaram à reportagem que não conseguiram o documento por esse canal. De acordo com a Urbs, já foram repassadas novas instruções aos atendentes do 156, que estão encaminhando as solicitações para a Urbs. Nesse caso, o usuário receberá o extrato apenas com o resumo do uso do cartão-transporte nesta sexta-feira (6).

No primeiro dia de validade das novas tarifas da Rede Integrada de Transporte (RIT), alguns validadores de cartão transporte confundiram os usuários. Inicialmente,a Urbs chegou a informar que seria um problema, mas corrigiu a informação posteriormente. A partir desta sexta-feira (6), entraram em vigor as tarifas diferentes para pagamento em cartão (R$ 3,15) e em dinheiro (R$ 3,30). Mas usuários que já tinham créditos no cartão-transporte comprados até ontem terão, durante 30 dias, o valor de R$ 2,85 (a antiga tarifa) descontada quando passam na catraca. Nessa manhã, alguns validadores indicavam apenas o valor de R$ 3,30.

De acordo com a Urbs, o problema que gerou a confusão é pontual e apenas de visualização. Todos os validadores -- de terminais, estações-tubo, ônibus e micro-ônibus -- estão mostrando apenas o valor da nova tarifa mais cara, que é de R$ 3,30. Isso está ocorrendo porque é a primeira vez que a cidade possui tarifas distintas e os mostradores dos validadores sempre foram programados para exibir apenas o valor da tarifa como informação. A área técnica da Urbs está trabalhando para ajustar os validadores, permitindo que exibam tanto o valor para pagamento em dinheiro (R$ 3,30) quando para pagamento em cartão (R$ 3,15).

O órgão garante que os usuários terão debitados do sistema somente R$ 2,85 para créditos comprados antes da mudança. Caso tenham dúvidas, é possível solicitar um extrato do saldo do cartão-transporte no posto de atendimento da Urbs na Rodoferroviária e nas Ruas da Cidadania. Outra opção é solicitar o documento por meio do telefone 156, e também informar o nome da linha e número do ônibus que apresentou o problema. Dessa forma, a Urbs pode identificar mais rapidamente as falhas.

Atraso

Alguns usuários reclamaram de atrasos e superlotação em algumas linhas de ônibus. De acordo com a Urbs, não foi detectado qualquer problema na saída dos coletivos, nem uma eventual operação tartaruga. Há registros de atrasos pontuais, ocasionados pelo trânsito.

Indefinições

O imbróglio do transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana parece estar longe do fim. Ainda nesta sexta-feira (6), paira uma possibilidade de greve caso motoristas e cobradores não recebam os pagamentos. Na quinta-feira (5), durante uma reunião de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), o representante das sindicato das empresas (Setransp), Maurício Gulin, confirmou que os repasses da Urbs para as empresas urbanas estavam em dia, o que não acarretaria qualquer problema no pagamento dos trabalhadores dessas empresas.

O problema estava na transferência de recursos para as empresas metropolitanas, que deveria ser feito pelo governo do estado. Um representante da Comec disse que a expectativa é de que o estado reúna R$ 7,1 milhões para fazer o depósito até às 14h desta sexta-feira (6), o que afastaria o risco de nova paralisação. Uma nova reunião no TRT está agendada para as 14h desta sexta.

Tarifas diferentes na mira

A reunião entre Ministério Público do Paraná e Procon e Urbs para discutir a diferença de valor da tarifa para quem paga em dinheiro e quem usa o cartão-transporte na quinta-feira (5) acabou sem acordo. No entendimento da Urbs, não há qualquer ilegalidade em conceder desconto para quem usa o cartão-transporte. Para Procon e MP-PR, a medida viola o princípio constitucional da impessoalidade, ao tratar de forma desigual usuários do mesmo serviço.Em nota, o MP-PR afirmou que, durante a reunião, o órgão e o Procon aceitaram que a diferenciação de preço da passagem para quem usa cartão (R$ 3,15) e para quem usa dinheiro (R$ 3,30), dentro do contexto de conciliação, "valesse para os próximos três meses, uma vez que a empresa [Urbs] alertou sobre a possibilidade de novo reajuste, que tornaria o valor unificado." Os órgãos também criticam a mudança do crédito dos cartões para reais e não mais número de passagens.

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