Secretário diz que só mudança na lei vai diminuir explosões de caixas eletrônicos
Durante a coletiva, Grupenmacher foi questionado sobre a recorrente prática de criminosos explodirem caixas eletrônicos pelo estado. Nesta quarta-feira (5), por exemplo, a cidade de Cerro Azul viveu momentos de pânico ao ser "sitiada" por bandidos que roubaram caixas automáticos de bancos. O secretário disse que o governo do estado em breve vai anunciar uma ação que vai diminuir temporariamente em 90% a incidência desse tipo de roubo. Mas o chefe da pasta de segurança disse não poder adiantar mais detalhes do que se trata essa ação. Segundo o que ele adiantou, não está descartado que haja a participação de agentes públicos nesses crimes, como policiais de diferentes corporações e oficiais militares.
De modo geral, no entanto, o secretário disse que a culpa pelas explosões a caixas eletrônicos não é da política de segurança pública do estado. "Nós temos duas dificuldades aqui. Primeiro que a punição para esse crime se tornou uma coisa agradável para o marginal, afinal ele é imputado por furto qualificado e sabe que se ele cair ele vai ficar pouco tempo no sistema penitenciário. A segunda coisa é o controle dos explosivos, infelizmente a polícia não tem controle de explosivos, essa tarefa compete ao Exército." O secretário sugeriu que sem a mudança na lei que regula essas questões, a diminuição da explosão de caixas será uma questão de difícil combate. (A.S)
- Pacientes são isolados por causa de superbactéria em hospital de Maringá
- TJ suspende proibição de uso de bala de borracha pela Polícia Militar de SP
- Operação desarticula quadrilha de roubo a carros e prende 18
- Autor de chacina no Piauí é preso e confessa crimes
- Demitido de usina, funcionário volta ao local e mata ex-colega de trabalho
- Brasil está sem teste que detecta tuberculose latente
- Pais são detidos em Uberaba suspeitos de matar filha de 1 ano e 7 meses
- Dilma prepara PEC para permitir a União coordenar ações contra o crime
- Delegado passa a escoltar presos no Cajuru após reclamação de sindicato
- Secretário da Segurança do Rio afasta o comandante-geral da Polícia Militar
O secretário de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), Leon Grupenmacher, apresentou nesta quinta-feira (6), ao Ministério da Justiça, os resultados da parte paranaense na Operação Brasil Integrado. A ação é um conjunto de abordagens realizadas em todo o país inspirado no modo de trabalho do Centro de Controle e Comando, que funcionou durante a Copa do Mundo do Brasil. A diferença é que em vez de o foco ser as cidades onde aconteciam jogos, as áreas de fronteira e no Nordeste, em 11 estados, foram o foco da fiscalização, coordenada pelo Governo Federal. As abordagens foram realizadas em datas diferentes, utilizando aparatos tecnológicos, como câmeras e programas de computador, e inteligência policial. No caso do Paraná, a operação ocorreu entre os dias 4 e 5 de novembro.
A apresentação da Sesp-PR aconteceu por meio de uma videoconferência, pela qual Grupenmacher falou diretamente ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que estava em Brasília, interligado aos 11 estados participantes da operação. O secretário informou à Brasília que, nos dois dias da operação no estado, foram feitas 11 mil abordagens a pessoas, com 7 mil veículos vistoriados. No total, 30 pessoas foram presas ou apreendidas (23 em flagrante e sete por mandado de prisão em aberto) e 17 armas e 500 munições apreendidas. Foram flagrados também 73 kg de maconha, 540 caixas de medicamentos ilegais e outros produtos.
Grupenmacher não detalhou as cidades onde ocorreram cada prisão, mas disse que a maioria das ocorrências ficou concentrada na região de Foz do Iguaçu, área que faz fronteira com o Paraguai e com a Argentina. Participaram da ação 2 mil agentes de segurança, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Receita Federal, além de outros órgãos estaduais.
O secretário disse que a operação foi uma espécie de aprendizado, já que o estado investe em um centro de comando integrado estadual e pretende fazer ações focadas em determinados crimes. Essa primeira etapa, segundo ele, não teve um foco específico de fiscalização. "Essa primeira foi geral, até pelo número de pessoas abordadas que vocês viram. Isso agora vai ser discutido e eu acho que precisa ser usado mais racionalmente para trabalhar as informações naquilo que a gente quer ter um resultado melhor", disse. Grupenmacher admitiu que é preciso pensar de modo mais estratégico as operações futuras, mas que o objetivo da primeira ação foi mesmo dar um início a um novo método de trabalho.
Balanço nacional
A Operação Brasil Integrado, com atuação no Nordeste e nas fronteiras do País, prendeu 436 pessoas em 20 Estados em esforço concentrado feito nos dias 4 e 5 de novembro. Na ação, 5 toneladas de drogas foram apreendidas.
A operação envolveu as polícias Militar, Civil, Federal e outros órgãos. O efetivo usado no último fim de semana foi de mais de 20 mil agentes. Nos dois dias, também foram apreendidos 100 armas de fogo, 1,7 mil munições e 427 veículos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a operação foi bem-sucedida e disse que as ações vão se intensificar. "Teremos políticas nacionais, integradas, com estradas vigiadas, fazendo-se um cerco às organizações criminosas", disse.
O projeto Brasil Integrado, que segue o modelo implantado durante a Copa do Mundo deste ano, é uma parceria entre o governo federal e os Estados. O Ministério da Justiça promete a expansão do sistema, com a implantação de Centros de Comando e Controle em todas as unidades federativas. Cardozo reforçou que a ampliação já está prevista no orçamento de 2015 e disse que uma ação envolvendo todos os Estados do País é esperada para este ano.
O ministro informou ainda que os Centros Integrados de Comando e Controle serão usados para monitorar o País durante as provas do Exame Nacional do Ensino Médio no próximo fim de semana.
PEC
Em coletiva de imprensa, o ministro voltou a defender a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que muda o papel da União na segurança pública. Ele informou que o texto do projeto será enviado ao Congresso Nacional até o fim do ano.
"A União não pode invadir competências estaduais e municipais. A partir do momento que a União tiver competência para atuar nessa área, ela pode começar a estabelecer diretrizes. A União não precisará ter nenhum tipo de risco jurídico quando for atuar", afirmou.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora