Governo indicia 270 militares e neutraliza greve da PM no Rio

Com medo de repetição do caos vivido na Bahia, governador fluminense age rápido para sufocar motim nas forças de segurança

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Grupos de extermínio aproveitam greve da PM no Brasil para atuar

Um agente confirmou que "há evidências" de que os chamados "milicianos" assassinaram 38 dos 157 mortos por homicídio nos 12 dias de paralisação policial na Bahia

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O diretor jurídico do Sindicato da Polícia Civil do Rio, Francisco Chao, anunciou na noite deste sábado (11) que a categoria suspendeu sua participação no movimento grevista dos profissionais de segurança pública, anunciado na última quinta-feira (9). "Não estamos cancelando a greve, mas suspendendo para, na próxima quarta-feira (15), avaliar os fatos que ocorreram até agora e deliberar sobre as próximas ações", explicou.

Dois motivos foram apontados por Chao para a decisão. Ele disse que foi procurado por policiais, que relataram o temor sobre possíveis ações de marginais com a suspensão de parte das atividades. A outra razão, segundo o diretor, seria a baixa adesão ao movimento. "As ruas estão cheias de viaturas da PM [Polícia Militar] e é difícil acreditar em movimento reivindicatório sem adesão".

Cristiane Daciolo, mulher do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros, um dos líderes do movimento, preso na noite de quarta-feira (8), disse que, como uma das porta-vozes dos bombeiros, não pode se posicionar sobre a greve enquanto seu marido está no Complexo Penitenciário e no mesmo dia em que 15 bombeiros foram presos no Grupamento Especial Prisional (GPE). "Amanhã [12], teremos em Copacabana um ato de repúdio às prisões e logo depois farermos uma assembleia para definir os próximos passos", acrescentou.

Cristiane informou ainda que na próxima terça-feira (14) vai recorrer à esfera federal, em Brasília, juntamente com uma comissão de mulheres, para tentar reverter a prisão de seu marido em um complexo penitenciário. Ela explicou que como militar ele deveria ter sido encaminhado ao GPE.

Os bombeiros presos nesta sábado foram encaminhados para o Grupamento Especial em São Cristovão, na Baixada Fluminense, e vão passar pelo conselho disciplinar da corporação, que pode decidir pela expulsão.

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Um dos líderes dos bombeiros, o sargento Paulo Nascimento, informou que soube neste sábado do pedido de sua prisão e que vai se apresentar aneste domingo (12) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Nessa sexta-feira (10), o Corpo de Bombeiros divulgou nota informando que 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço e que todos seriam presos administrativamente. A nota informava ainda que o comandante do 2º Grupamento Marítimo (Gmar), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, tenente-coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do cargo.