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Braços cruzados

Técnicos das universidades federais começam greve no PR

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais do Paraná e do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, começam uma greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (20). O movimento faz parte de uma mobilização nacional, que tem início às 13 horas. O atendimento no hospital deve ficar prejudicado.

A assembleia que aprovou a paralisação geral aconteceu no último dia 17 de março, quando a maioria dos filiados ao Sinditest, que representa a categoria, aprovou a adesão ao movimento nacional. Participam do protesto no estado os servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Hospital de Clínicas, Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Em nota divulgada no site do sindicato a entidade informa que um dos principais motivos da greve é a precarização do trabalho dos servidores técnico-administrativos federais e o sucateamento do serviço público no Brasil. A entidade alega que a condição ruim de trabalho dos servidores é "proporcionalmente inversa com o gasto da máquina pública federal na Copa do Mundo, assim como nas suas relações promíscuas com os banqueiros e empresários."

Márcio Palmares, diretor do Sinditest, afirmou que terá um balanço sobre a adesão da greve na manhã desta sexta-feira (21). "Fizemos uma última assembleia antes do início da greve nesta manhã [quinta], no RU da UFPR, e tivemos o comparecimento de 800 pessoas. Acredito que a participação será grande e deve durar algumas semanas", completou.

Reitor projeta reflexo no HC a partir de sexta-feira

Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, afirmou que o impacto da greve dos técnicos sobre o atendimento do HC deve ser sentida a partir desta sexta-feira.

Nesta manhã, ele informou que não vai demitir os 916 funcionários que atuam no hospital e foram contratados pela Fundação da UFPR (Funpar), conforme decisão da Justiça, que atendeu a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo o reitor, como o contingente representa cerca de um terço do total de empregados do estabelecimento e haveria risco de colapso no atendimento prestado.

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