Depois de uma semana da prisão de Suzane Von Richthofen, a assessoria de imprensa dos advogados da jovem, Mário de Oliveira e Mário Sérgio de Oliveira, afirma que foi protocolado o pedido de hábeas-corpus para a cliente deles. O pedido teria sido protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo, mas a assessoria do tribunal não confirma a informação.
Na semana passada, Mário Sérgio afirmou que a prisão não tinha motivação penal, já que Suzane tem residência fixa e não fez ameaças ao irmão, Andreas von Richthofen. Se o pedido for aceito, Suzane poderá aguardar o julgamento, marcado para 5 de junho, em liberdade.
Na semana passada, Mário Sérgio afirmou que não conseguiu preparar o pedido de hábeas-corpus a tempo de apresentá-lo na última quarta-feira, último dia de funcionamento da Justiça paulista antes do feriado de Páscoa. Suzane está presa desde a noite de última segunda-feira por determinação do juiz Richard Francisco Chequini, do 1° Tribunal do Júri de São Paulo. O juiz aceitou a alegação do Ministério Público que havia o risco de Suzane fugir depois da entrevista que concedeu ao programa "Fantástico", em que ela aparece sendo orientada a chorar por seus advogados. O Ministério Público ainda afirmou que ela representava uma ameaça ao irmão, com quem disputa a herança dos pais na Justiça.
Na noite da última quinta, ela foi transferida do Presídio Feminino de Sant'Ana, na zona norte de São Paulo. A secretaria de Administração Penitenciária não confirma o local para onde Suzane foi levada. Mas visitantes de presos afirmam ter visto a ex-universitária no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior do estado. Suzane estava nesta penitenciária quando foi beneficiada por um hábeas-corpus do Superior Tribunal de Justiça, em 30 de junho do ano passado.
Suzane confessou a participação no assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. Os executores do crime, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, também estão presos. Nesta segunda-feira, o Ministério Público deu parecer contrário à libertação dos irmãos.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o pedido de revogação de prisão dos irmãos foi apresentado na última quarta-feira pela defesa. Os advogados alegam que Suzane induziu Cristian e Daniel a cometer o crime. Os irmãos, que passaram cerca de 40 dias soltos no final do ano passado, foram presos novamente em janeiro, depois de concederem entrevista a uma rádio de São Paulo. Durante a entrevista, eles revelaram novos fatos sobre o crime.
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