Na sexta sabatina da série que a Gazeta do Povo realiza com os candidatos à prefeitura de Curitiba nas eleições 2016, a deputada estadual Maria Victoria (PP) afirmou que, se eleita, descartará o atual projeto do metrô para implantar o Veículo Leve sobre Pneus (VLP), além de oferecer passe livre para todos os estudantes da rede municipal de ensino com pelo menos 95% de presença escolar. A candidata ainda propõe a criação de dois novos terminais de passageiros na região central da capital. Todas estas propostas, de acordo com a candidata, custam menos do que a implantação do metrô. “Todas estas medidas juntas custam menos que o metrô. Vamos buscar subsídios do governo estadual”, disse.
Assista à sabatina com Maria Victoria na íntegra
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A candidata afirmou que, apesar do alto custo - cerca de R$ 500 milhões - o VLP seria uma opção mais viável para a cidade. “O metrô se tornou inviável e o VLP oferece mais linhas”, disse a candidata, afirmando que o modal seria o suficiente para a cidade de Curitiba para os próximos trinta anos.
Maria Victoria ainda afirmou que o projeto que institui o passe livre para estudantes da rede municipal de ensino seria custeado pela administração municipal e que a estimativa de gasto é de 1% do orçamento da própria prefeitura - cerca de R$ 80 milhões. Perguntada de onde sairia o dinheiro, a candidata afirmou que a atual gestão gastou R$ 70 milhões em marketing e se comprometeu, caso eleita, de não utilizar a verba para fazer propaganda do próprio mandato.
A candidata também criticou a atual gestão de Gustavo Fruet (PDT) afirmando que não há diálogo sobre a questão do transporte coletivo. “Hoje, não há diálogo entre a prefeitura e as empresas. Não há diálogo com o governo do estado e nem mesmo com o governo federal”, cutucou.
Outra proposta da candidata para o transporte é a implantação de dois novos terminais de ônibus - um em frente à Câmara Municipal e outro no bairro Rebouças. Para justificar tais obras, a candidata se limitou a dizer que a ideia é inovadora e que foi desenvolvida por sua equipe. “Não sou especialista em tudo, contei com pessoas que tem experiência na área. Com certeza é algo inovador”, disse.
Maria Victoria também propõe uma tarifa reduzida nos períodos entre os horários de pico, para reduzir o uso nos horários de maior movimento.
Saúde e Educação
Apesar dos discursos do pai, o ministro da Saúde Ricardo Barros, de que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve redimensionado, Maria Victoria afirmou que o atendimento deve ser ampliado. “Com as melhorias que o ministro está fazendo, vamos ter mais recursos para uma saúde digna”, comentou.
A principal proposta da candidata é que mais postos de saúde devem ficar abertos até as 22 horas. O projeto, de acordo com Maria Victoria, seria um piloto.
Quando o tópico é educação, a candidata propõe manter as creches abertas até as 20 horas e coloca como prioridade a implantação do inglês obrigatório nas escolas.
Berço e trajetória política
Maria Victoria também respondeu à questões relativas à sua carreira política e sobre a atuação da parlamentar dentro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A candidata afirmou que se apoia nos pais - o ministro Ricardo Barros e a vice-governadora Cida Borghetti - mas que os votos que a elegeram como deputada estadual foram dados em seu nome. “Me inspiro e me aconselho com eles, mas a palavra final quem toma sou eu. Agradeço meu berço, meus valores e meus princípios”, afirmou.
A deputada, que foi eleita pela primeira vez em 2014, participou das votações da Assembleia que culminaram no dia 29 de abril, quando centenas de professores ficaram feridos na “Batalha do Centro Cívico” por participar de manifestações contra a votação do projeto que mudou a Paranaprevidência. A deputada fez parte do grupo que ficou conhecido como a “bancada do camburão”, que entrou na Assembleia dentro de um veículo da Polícia Militar. A candidata afirmou que não concorda com os métodos que foram utilizados para a votação, mas que, a medida impopular garantiu o salário dos servidores. “Essa medida fez com que todos os servidores públicos, inclusive os professores, recebam seus salários em dia, diferente de outros estados”, concluiu.
Participaram da sabatina os jornalistas Rogerio Galindo, Fernando Rafael Martins e Aline Baroni.
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