Quase dois meses após o pior acidente da história da aviação brasileira, o governo anunciou nesta quinta-feira a criação de áreas de escape nas duas pistas do Aeroporto de Congonhas. Essas áreas vão restringir a operação de aeronaves de grande porte no aeroporto paulistano.
Segundo nota do Ministério da Defesa, a criação das áreas de escape nas duas pistas de Congonhas reduzirá a extensão utilizável da pista principal dos atuais 1.940 metros para 1.640 metros. Na pista auxiliar a área útil cairá de 1.435 metros para 1.195 metros.
"A pista principal terá restrições de pouso e decolagem em dias de chuva. Por tudo isso, será necessário que algumas companhias aéreas alterem a configuração das aeronaves utilizadas e/ou reduzam o seu peso", informa a nota do ministério.
O comunicado diz ainda que a pista auxiliar de Congonhas não poderá mais receber aeronaves de grande porte após a criação da área de escape.
No último dia 17 de julho, ao tentar pousar na pista principal de Congonhas, um Airbus A320 da TAM atravessou uma movimentada avenida e chocou-se contra um prédio da própria empresa, causando a morte de 199 pessoas.
Pouco menos de dois meses após a tragédia, ainda falta a identificação de quatro corpos pelo Instituto Médico Legal de São Paulo.
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