O cravista australiano Nicholas Parle.| Foto: Marcos Campos
Flautista Rachel Brown, especializada na versão barroca de seu instrumento
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O concerto de professores de Música Antiga executado nesta quinta às 20h30 na Capela Santa Maria: foi como uma viagem no tempo e no espaço. A questão temporal é óbvia, visto que todos os compositores das obras viveram entre os séculos 17 e 18 (Jean-Féry Rebel, Antonio Vivaldi, Jean-Philippe Rameau, Georg Philipp Telemann e Johann Adam Reincken). O espaço tem relação com os músicos, em sua maioria estrangeiros, o que trouxe um clima de convenção da ONU para dentro do auditório.

Em se tratando de clima propriamente dito, no sentido de temperatura, é preciso dizer que o local fica bastante abafado nas noites de verão. A casa estava cheia, com pessoas em pé ou sentadas no chão e que se movimentavam durante a apresentação, o que pode ter atrapalhado quem chegou cedo para pegar lugar.

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Assim que começou o concerto, os professores músicos mostraram-se extremamente à vontade, sorrindo uns para os outros em vários momentos e movendo-se ao tocar na forma como só os virtuosos conseguem fazer.

Era o caso da flautista Rachel Brown, especializada na versão barroca de seu instrumentoO cravista australiano Nicholas Parle parecia igualmente um único ser com o instrumento, assim como o americano William Carter com sua guitarra barroca – instrumento que muita gente viu ali pela primeira vez.

Essas são algumas das vantagens de se acompanhar a programação da Oficina de Música de Curitiba, que promove concertos um pouco menos formais como esse – em que, mesmo a interrupção da Sonata de Reincken pelo rompimento de uma corda do violino da aluna Andrea Beatriz Lizarraga, pareceu fazer parte do clima de aprendizado e experimentação.