- Uma boa hora para entrar no tom
- Cristina Ortiz e Camerata encantam na abertura da Oficina de Música de Curitiba
- Veja a programação completa da 30ª Oficina de Música de Curitiba
- Oficina de Música: Fry Street beira a perfeição
- Encontro insólito entre alemães e nordestinos
- Músicas familiares, concerto informal
- Cinema na Oficina de Música
O concerto de professores de Música Antiga executado nesta quinta às 20h30 na Capela Santa Maria: foi como uma viagem no tempo e no espaço. A questão temporal é óbvia, visto que todos os compositores das obras viveram entre os séculos 17 e 18 (Jean-Féry Rebel, Antonio Vivaldi, Jean-Philippe Rameau, Georg Philipp Telemann e Johann Adam Reincken). O espaço tem relação com os músicos, em sua maioria estrangeiros, o que trouxe um clima de convenção da ONU para dentro do auditório.
Em se tratando de clima propriamente dito, no sentido de temperatura, é preciso dizer que o local fica bastante abafado nas noites de verão. A casa estava cheia, com pessoas em pé ou sentadas no chão e que se movimentavam durante a apresentação, o que pode ter atrapalhado quem chegou cedo para pegar lugar.
>>Veja a programação completa da 30ª Oficina de Música
Assim que começou o concerto, os professores músicos mostraram-se extremamente à vontade, sorrindo uns para os outros em vários momentos e movendo-se ao tocar na forma como só os virtuosos conseguem fazer.
Era o caso da flautista Rachel Brown, especializada na versão barroca de seu instrumentoO cravista australiano Nicholas Parle parecia igualmente um único ser com o instrumento, assim como o americano William Carter com sua guitarra barroca instrumento que muita gente viu ali pela primeira vez.
Essas são algumas das vantagens de se acompanhar a programação da Oficina de Música de Curitiba, que promove concertos um pouco menos formais como esse em que, mesmo a interrupção da Sonata de Reincken pelo rompimento de uma corda do violino da aluna Andrea Beatriz Lizarraga, pareceu fazer parte do clima de aprendizado e experimentação.