Aeroviários e aeronautas reivindicam um reajuste de 11% na campanha salarial que se inicia este mês. A data-base das categorias é 1º de dezembro e os representantes dos trabalhadores já apresentaram a pauta, que também conta com outras demandas, ao Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). A primeira rodada de negociação está marcada para o dia 20, em São Paulo.

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Além do reajuste do salário com ganho real, os trabalhadores pedem que os mesmos 11% também sejam aplicados nos demais itens econômicos (diárias, pisos, vale alimentação e seguro); defendem a criação de um piso para agente de check-in; plano de previdência privada para aeronautas; fim da limitação de tripulantes para o uso do passe livre na hora do embarque; novo número mínimo de folgas mensais para aeronautas e remuneração das horas de solo, entre outros direitos. Fazem parte da campanha cerca de 70 mil trabalhadores em todo o País, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil filiada à Central Única dos Trabalhadores (Fentac/CUT).

A entidade destaca alguns números da evolução do setor aéreo para defender que as companhias aéreas teriam condições de atender aos pleitos, como a expansão da receita serviços de transporte aéreo, de 14% no primeiro semestre e de 15,9% nos últimos 12 meses, findos em junho. Também salienta o crescimento da demanda por transporte aéreo de passageiros nos últimos anos, acima da expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Para a federação, os dados mostram que "a aviação civil no Brasil vive uma boa fase".

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Além disso, a Fentac/CUT afirma que, no primeiro semestre de 2014, 93% das negociações de reajustes salariais coletivos na indústria, comércio e serviços tiveram aumento acima da inflação. "Os trabalhadores na aviação têm que acompanhar os ganhos e avanços das empresas aéreas", afirma o presidente da entidade, Sérgio Dias, em nota.

Para marcar o início da campanha, a federação e os sindicatos filiados realizam ato no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Também estão programadas manifestações nos aeroportos no Recife, Salvador, Guarulhos, Rio de Janeiro, Campinas e Porto Alegre.