Em assembléia realizada na manhã desta sexta-feira (5), os cerca de quatro mil metalúrgicos da Renault/Nissan, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, decidiram encerrar a greve iniciada na segunda-feira (1º). De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), os funcionários do primeiro turno da montadora, que começa às 6h, já trabalham normalmente.

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Em nota, o SMC afirma que a empresa propôs 2,5% de aumento real e reposição integral da inflação acumulada nos últimos doze meses (7,6%), totalizando 10,1% de reajuste no salário, que devem ser aplicados já no mês de setembro. Além disso, os trabalhadores receberão um abono dividido em duas partes: R$ 1,5 mil a ser pago na segunda-feira (8), e outra de R$ 100 para o próximo dia 19.

"Ficou decidido também que os quatro dias de greve não serão descontados do salário, mas sim, do banco de horas dos trabalhadores. A negociação avançou bastante em relação à primeira proposta, que era de apenas 0,5% de aumento real e mais a inflação do período, sem abono", diz a nota.

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Volkswagen

Já na fábrica da Volkswagen, também em São José dos Pinhais, a paralisação se mantém por tempo indeterminado. Segundo o sindicato, representantes da montadora alemã haviam agendado uma reunião para o início da tarde de quinta-feira (4) com os diretores do SMC, mas não compareceram.

Uma nova assembléia dos trabalhadores está marcada para as 5h30 de segunda-feira (8). "Se até lá a empresa não melhorar sua oferta, a tendência é de que a greve continue", diz o texto do sindicato. A proposta atual da Volkswagen, rejeitada em assembléia pelos metalúrgicos, é de 2,5% de aumento real e os 7,6% referentes à correção da inflação para serem aplicados em novembro, e um abono de R$ 1,5 mil para setembro.

O sindicato da categoria pedia 5% de aumento real, além de 7,6% referentes a perdas inflacionárias, o que totaliza 12,6% de reajuste; somados a um abono de R$ 1,5 mil. A proposta anterior formulada pelas empresas foi um reajuste de 0,5% de aumento real além dos 7,6% para cobrir perdas inflacionárias, sem abono.

O SMC deu um ultimato às montadoras na sexta-feira (29). Como, a proposta foi mantida, na segunda-feira (1º), data-base da categoria, além dos trabalhadores da Renault e da Volkswagen, os cerca de 2,6 mil metalúrgicos da Volvo também pararam, em protesto, por 24h, mas na terça-feira (2), decidiram dar mais tempo para as negociações e retomaram as atividades.

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As montadoras, por meio de suas assessorias de imprensa, disseram que não se pronunciam individualmente sobre o assunto. O Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), que representa as empresas, está sendo contatado para comentar as negociações entre o SMC e a Volkswagen.

Volvo

Na manhã de quinta-feira (4), os funcionários da Volvo se reuniram com representantes da empresa para avaliar uma nova proposta de reajuste salarial e aceitaram o acordo. A proposta prevê reajuste de 10% e o pagamento do abono de 1,5 mil integralmente já em setembro.

Com os quatro dias completos de greve, os prejuízos aumentam cada vez mais. Somente na Volkswagen, cerca de 3,4 mil veículos deixaram de ser fabricados nesse período. Somando as três montadoras, foram mais de seis mil carros e cerca de 80 caminhões que deixaram de ser produzidos.

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