O governador do estado Roberto Requião afirmou nesta sexta-feira (9), durante uma cerimônia em frente ao Palácio Iguaçu, que o Paraná não vai fazer o abate sanitário nos 2.212 animais da fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, Norte do estado, onde, segundo o Ministério da Agricultura, há um foco de febre aftosa.

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Requião afastou também a idéia de sacrificar os animais. "Sacrifício? Absolutamente. Não vamos ceder à irresponsabilidade do Ministério da Agricultura", disse o governador.

O governador voltou a dizer que o Paraná vai contestar o laudo apresentado pelo ministério, mas não soube responder quando e nem como será feito.

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Para o governador, o anúncio do Ministério da Agricultura sobre o surgimento de um foco é uma estratégia para fazer uma acordo internacional às custas do prejuízo dos pecuaristas paranaenses.

"Queremos um reexame. Se o vírus da aftosa for isolado, não digo mais nada. Mas enquanto isso não ocorrer, nós estaremos sendo sacrificados pela demagogia federal", afirmou Requião.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, disse, segundo a Agência Estadual de Notícias, que na própria circular divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Agricultura o diretor Jorge Caetano – que assina o documento – afirma mais uma vez "que não foi possível fazer o isolamento do vírus".

O vice-governador adiantou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE), auxiliada por representantes de todos os segmentos do setor de carne paranaense, está avaliando a estratégia que o estado adotará para se defender contra as acusações do ministério na Justiça.

"Não vamos iniciar o sacrifício dos animais antes que tenhamos as etapas anteriores resolvidas. Queremos o resultando do Pró-Bang, que é um exame mais completo, do líquido do esôfago e da faringe e queremos que haja a passagem em células, para verificar se há o vírus ou não", concluiu Pessuti.

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