Sindicato propõe fim das horas-extras e suspensão das contratações como medidas para manter funcionários do Itaú Unibanco| Foto: Reuters/Sergio Moraes

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) quer garantias de que não haverá demissões de funcionários do Itaú e do Unibanco devido à fusão das duas instituições. Representantes da entidade participaram de uma reunião com a direção da empresa nesta terça-feira (9) e cobraram medidas para assegurar a manutenção dos postos de trabalho.

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"Uma coisa simples que eles podiam fazer era proibir as horas-extras. Tem várias áreas com poucos funcionários, sobrecarregados. Em um momento de fusão, em que há superposição de funcionários, o simples ato de proibir horas-extras abre espaço dentro dos bancos para a realocação de pessoas", afirmou o secretário-geral da Contraf, Carlos Cordeiro, que participou da reunião. Ele também defendeu um programa de incentivo à aposentadoria, para que mais postos de trabalho sejam abertos. Segundo o sindicalista, duas propostas apresentadas foram aceitas: a criação de um "bolsão" para abrigar funcionários em outras áreas e a suspensão das contratações. "Não tem sentido, em um processo de fusão, quando vai ter gente sobrando, principalmente em área administrativa, ter vagas abertas. Isso só aumenta o problema", disse. O Itaú confirmou que estas duas propostas foram aceitas. Cordeiro informou ainda que, na quinta (11), terá uma audiência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e que cobrará garantias de manutenção de emprego aos funcionários do Itaú Unibanco. Ele também pretende levar a questão ao Banco Central, a quem cabe autorizar a fusão. Por escrito

Segundo o sindicalista, na reunião, os representantes do banco não quiseram emitir um documento com o compromisso de não demitir funcionários. Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do banco disse apenas que a instituição mantém o posicionamento divulgado quando foi anunciada a fusão. Em entrevista coletiva no dia 3 de novembro, quando foi anunciada a fusão, Pedro Moreira Salles, presidente do Conselho de Administração do novo banco, e Roberto Setubal, presidente da instituição, afirmaram que o banco não terá programa de demissões de funcionários nem pretende fechar agências.

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