Agora, o vôlei é a profissão de Francynne

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Com poucas oportunidades de evoluir se permanecesse no Paraná, a meio de rede da seleção brasileira infanto-juvenil Francynne aceitou, ano passado, o convite para jogar como ponteira nas categorias de base do Finasa/Osasco. Deixou a família em Curitiba e, aos 17 anos, teve a chance de disputar algumas partidas pelo time principal, ao lado de Jaqueline, medalha de ouro na Olimpíada de Pequim.

"Me espelho nela dentro e fora da quadra. Atuamos na mesma posição. Ela joga muito e, além disso, é uma pessoa humilde, me recebeu na equipe como se fôssemos amigas de muito tempo", diz Francynne. A experiência no Osasco rendeu-lhe o título paulista da categoria juvenil e o vice no infanto-juvenil.

Em 2008, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira e disputou o Sul-Americano, no Peru. A equipe foi campeã, garantindo a vaga para o Mundial do ano seguinte. Com o mesmo elenco – à exceção da troca da líbero – o time conquistou, em julho de 2009, o tricampeonato mundial infanto-juvenil, invicto em oito jogos. Francynne comemorou: foi eleita o segundo melhor bloqueio da competição. "Acho que melhorei muito do Sul-Americano para o Mundial. Treinei muito os bloqueios e o resultado apareceu", conta.

O título mundial rendeu-lhe o convite para jogar a Superliga feminina pelo Macaé, do Rio de Janeiro, que ocupa a vice-lanterna da principal competição do vôlei feminino brasileiro. "O time apostou em atletas bem novas. É bem interessante jogar contra praticamente toda a seleção brasileira principal. Sei que vou ganhar muita experiência e que tem muitos técnicos me observando. Me esforço ao máximo dentro de quadra para abrir novas portas", conta a garota.

2010 será seu primeiro ano dedicado exclusivamente ao esporte – Francynne terminou em 2009 o ensino médio –, a jogadora quer a convocação para o Campeonato Mundial Juvenil. "E também conseguir um time adulto em que possa ganhar mais experiência", planeja.