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Lelê, 19 anos, atacante do Coritiba | Giuliano gomes/ Gazeta do Povo
Lelê, 19 anos, atacante do Coritiba| Foto: Giuliano gomes/ Gazeta do Povo

Foram três gols em quatro jogos no Campeonato Brasileiro de Juniores e uma certeza: "Se tem jogador de 19 anos jogando em grandes times e até seleções, por que eu não posso?". Lelê (Wesley de Jesus Correia), natural de Diadema, São Paulo, é a esperança do Alviverde em 2010, talvez um dos anos mais difíceis da história do clube. Mas ele nem reclama. Com o time sem dinheiro, na Segunda Divisão, mais chance para o garoto que chegou ao Alto da Glória em março, vindo do São Bernardo.

Lelê é franzino, está acostumado a levar trancos dentro de campo, pois não consegue jogar de outra maneira que não seja partindo para cima do defensor para só largar a bola quando chuta para o gol ou vê um companheiro em melhor condição. Talvez por isso não tema a responsabilidade.

"Da outra vez quem subiu o Coxa foi a garotada. Estamos prontos para isso novamente. Va­­mos treinar com o grupo e esperar a nossa chance", diz o garoto, que imagina precisar ga­­nhar um pouco de peso, mas não de experiência. "Antes de chegar aqui, passei pelo Marítimo, de Portugal, Grêmio, mas não fiquei em nenhum deles, pois o São Bernardo pede caro."

No caso do Coritiba, o sistema foi diferente. Quando Lelê foi descoberto, na Copa São Paulo do ano passado – o São Bernardo estava no mesmo grupo do Alviverde –, o clube paranaense propôs uma parceria aos paulistas: o garoto vinha, aparecia e, na hora que for vendido, o time do interior de São Paulo ficará com 30%. Metade desse caminho foi completada com a promoção ao profissional. Agora, falta o jogador repetir dentro de campo o que fez na categoria de base. E ele imagina que, quanto mais perto do gol ficar, mais rápido poderá se firmar na equipe.

"Se precisar, jogo na meia. Mas se for para escolher, sou ata­­cante. Independentemente disso, não vejo a hora de me apresentar e conhecer o grupo."

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