Coritiba 1 x 0 Atlético-MG
Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Carlos Sérgio da Rosa Martins (RS). Renda: Cr$ 357.675.000,00. Público: 33.041 pagantes. Gol: Heraldo (C), aos 12/2º.
Jairo; André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir, Toby e Marco Aurélio; Gil, Índio e Edson. Técnico: Ênio Andrade.
João Leite; Nelinho, Oliveira, Luizinho e Jorge Valença (João Luís); Elzo, Paulo Isidoro e Everton; Sérgio Araújo, Reinaldo e Edivaldo. Técnico: Cento e Nove.
Gil cobra escanteio pela esquerda, de pé trocado. O baixinho Edson se agiganta e sobe o suficiente para dar uma casquinha de cabeça. No segundo pau, Heraldo fuzila de esquerda com tal força que a única reação de João Leite é virar para trás e ver a bola morrer no canto esquerdo da rede. Eram 12 minutos do segundo tempo e os 33 mil coxas-brancas presentes no Couto Pereira sentiam a inédita final do Campeonato Brasileiro mais perto do que nunca.
O Coritiba que começara o campeonato trôpego e crescera com Ênio Andrade, estava a um empate da decisão. A cautela que fizera o Coxa passar pelo poderoso Corinthians e os perigosos Sport e Joinville na segunda fase foi deixada de lado. Quando Heraldo estufou a rede, o Coritiba pressionava o Galo. Depois, recuperou o estilo defesa sólida-contra-ataque rápido. Não fez o segundo gol. Mas passou ao Brasil o recado claro de que tinha futebol para ser campeão nacional.
21 minutos
Uma pane elétrica em duas torres de iluminação do Couto Pereira, após meia hora de bola rolando, deixou a partida paralisada por 21 minutos. Centenas de torcedores usaram seus isqueiros para “iluminar” o Alto da Glória enquanto a força não voltava.
O mundo além do futebol
O prefeito de Curitiba e coordenador municipal da campanha do PMDB, Maurício Fruet, nega a existência de qualquer caso de aliciamento na acirrada convenção para escolher o candidato do partido à sua sucessão.
Decreto da presidência da República cria o Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, incumbido de cuidar dos direitos do consumidor brasileiro.
A popularidade do presidente argentino, Raul Alfonsín, chega a 75% graças ao programa de combate à inflação, na casa 1.128% ao ano.
Relembre todos os capítulos do Diário de 85 do Coritiba
1º/7/1985 – Sem Lela, o Coritiba volta a respirar a Taça de Ouro
2/7/1985 – Seu Ênio dá o recado: Quem treina pensando na namorada não rende”
3/7/1985 – Empate no Recife e uma sombra para Ênio Andrade
4/7/1985 – Renda milionária contra o Corinthians anima o Coritiba
5/7/1985 – Almir pronto para Casão: “Vou marcá-lo que nem carrapato”
6/7/1985 – Evangelino promete bicho molhado contra o Corinthians
7/7/1985 – Lela decide contra o Corinthians
8/7/1985 – O saldo da batalha com o Corinthians: Toby e Índio fora
9/7/1985 – Bicho anima o ambiente no “Beco do Sossego”
10/7/1985 – Dida decide no Alto da Glória e é assaltado na Água Verde
11/7/1985 – Rafael sente o Coritiba na semifinal: “Por que não?”
12/7/1985 – Força máxima contra a crise do Corinthians
13/7/1985 – Coritiba perde no fim e seca o Joinville
14/7/1985 – Sport bate o JEC e mantém o Coxa líder
15/7/1985 – Alimentação em SC preocupa o Coritiba
16/7/1985 – Coxa viaja com uma dúvida para decisão em Joinville
17/7/1985 – Careta de Lela deixa o Coritiba com um pé na semifinal
18/7/1985 – Ênio avisa: “Time meu não tem salto alto”
19/7/1985 – Suspeita de espionagem agita o Alto da Glória
20/7/1985 – Torcida coxa se mobiliza para ver o time chegar à semifinal
21/7/1985 – O Coritiba é semifinalista da Taça de Ouro
22/7/1985 – Bicho milionário para a vaga na semifinal
23/7/1985 – Sem mistério, Ênio define o Coritiba da semifinal
24/7/1985 – Depois do blecaute, gol de Heraldo ilumina o Couto Pereira
25/7/1985 – Ênio Andrade cotado para a seleção brasileira
26/7/1985 – O mago do Coritiba prepara o caminho para a final
27/7/1985 – Coritiba viaja para BH e reserva hotel no Rio
28/7/1985 – Coritiba na final. E Rafael vira santo
29/7/1985 – CBF confirma final em jogo único no Maracanã
30/7/1985 – Na véspera da final, Coxa treina para prorrogação e pênaltis
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