Grantida na Copa de 2014, Curitiba se prepara para receber evento da Fifa
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"Foi uma coisa fantástica". Sucinto, mas preciso, o emocionado vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, deu o tom da satisfação e da festa curitibana após a confirmação de que a cidade será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. O anúncio oficial foi feito durante a tarde deste domingo (31), ao vivo para todo o Brasil, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, em encontro realizado em Nassau, nas Bahamas.
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Uma a uma, em ordem alfabética, Blatter confirmou as 12 cidades escolhidas para receber jogos do Mundial de Futebol. Belo Horizonte (esquecida pelo presidente da Fifa na primeira leitura), Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro (com direito a piadinha de Blatter), Salvador e São Paulo foram relacionadas e, a partir de agora, começam os preparativos. As demais cidades não serão esquecidas.
O frio e a chuva prejudicaram a festa de quem foi ao Parque Barigui acompanhar o evento oficial organizado pela prefeitura, além de terem afugentado torcedores do Atlético que acompanharam o anúncio na frente da Arena da Baixada. O prefeito Beto Richa, certo da indicação, se mostrou aliviado com o "ok" definitivo da Fifa. Em entrevista coletiva, o prefeito disse que agora a cidade parte em busca de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Copa para começar a planejar na distribuição dos recursos e nos cronogramas de obras.
Emoção "ao vivo"
Direto das Bahamas, Orlando Pessuti foi o representante do Paraná no evento. "Se aí a festa foi bonita, imagina aqui. Ouvir o nome de Curitiba foi uma emoção muito grande e gratificante por esses dois anos de trabalho árduo. Valeu pela torcida de todos", comentou, por telefone, à Gazeta do Povo. No próximo dia 3 de junho Pessuti volta a Curitiba para reuniões que irão adiantar alguns assuntos que serão debatidos no primeiro encontro oficial após o anúncio das subsedes, marcado pela CBF para dia 8.
Pessuti lembrou que a cidade já tem se preparado a Copa, citando a trincheira na avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais, e a construção de mais um lance de arquibancadas da Arena da Baixada. Disse também da necessidade de se conseguir mais recursos. "Já tivemos muitas conversas, não dá para falar em valores redondos. Já temos aprovados R$ 400 milhões, que serão divididos igualitariamente entre Curitiba e a região metropolitana. Vamos aguardar a reunião com o presidente Lula para falarmos dos outros investimentos e necessidades, como um terminal de passageiros no Porto de Paranaguá ou de Antonina".
O importante daqui para frente, e isso é um consenso entre a maioria das lideranças ligadas ao projeto da Copa em Curitiba, é a união de todos. Sem predileções e paixões clubísticas. "Tenho certeza disso. As obras que iremos realizar governos municipal, estadual e federal são em benefício de toda a população. A Arena é o estádio escolhido, porque o Atlético foi o único que apresentou um projeto de estádio para a Copa. Ficamos felizes pelo fato de não precisar investir dinheiro público no estádio, pois assim poderemos pensar em obras que atendam a toda a população", concluiu Pessuti.
O presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, goza da mesmo opinião que o vice-governador. Para ele, o futebol paranaense e a cidade de Curitiba têm muito a ganhar com a vinda da Copa. A qualidade da cidade e o avançado estágio das obras da Arena da Baixada levam algumas autoridades (o ex-presidente do Atlético,Mário Celso Petraglia, também) a acreditar que a capital paranaense pode se colocar em posição de destaque para tentar atrair investimentos e outros eventos relacionados à Copa, como o sorteio dos grupos e/ou o Centro de Comunicação.
Algumas cidades do interior do Paraná já demonstraram interesse em receber seleções durante o período do torneio.
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