O cessar-fogo de 72 horas na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas expirou às 8h (hora local, 2h de Brasília) após negociadores não conseguirem chegar a um acordo final para ampliar a trégua.
Poucas horas antes do fim da trégua, dois foguetes partindo de Gaza foram atirados contra Israel, segundo o exército israelense. Não houve feridos.
Representantes do Hamas para as negociações indiretas, mediadas pelo Egito, pediram que o embargo econômico de Israel contra Gaza fosse encerrado como condição para continuidade da trégua.
A ala militar do Hamas, as Brigadas Qassam, disse horas antes que estava pronta para retomar a luta se as demandas palestinas não fossem cumpridas.
Em um comunicado, o Hamas ameaçou fechar o tráfego aéreo no Aeroporto Internacional Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv, a menos que Israel concordasse com a construção de um porto de mar na faixa costeira.
Israel concordou em estender por mais três dias o cessar-fogo. Mediadores egípcios tentavam amenizar as exigências do Hamas, dizendo que a insistência em um porto e a pressão de Israel para a desmilitarização de Gaza deveriam ser discutidas como parte de um acordo mais amplo, e não parte de um acordo de trégua.
Como os três dias de cessar-fogo terminaram, o status das negociações ficou obscuro.
A trégua foi a mais longa pausa nos combates, que já matou 1.875 palestinos e 67 israelenses desde que o conflito começou, em 08 de julho, de acordo com autoridades palestinas e israelenses.
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