O Parque do Ingá, maior área verde urbana aberta à visitação de Maringá, completa nesta quinta-feira (16) três meses de interdição. O local foi fechado em abril, depois que oito macacos morreram no parque hoje já são 20 os primatas mortos. No início de junho, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) afirmou, em nota enviada à Secretaria Municipal de Saúde, que o parque poderia ser reaberto em dez dias, o que não ocorreu.
A reabertura do parque depende ainda da conclusão dos exames que vão apontar a causa da morte dos primatas, que estão sendo realizados pelo Instituto Adolpho Lutz, de São Paulo, e pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), de Curitiba.
Consultados pela reportagem do JM sobre a demora na conclusão dos exames, os laboratórios afirmaram que não podem fornecer informações sobre os estudos. A Sesa, por sua vez, diz que os exames são complexos e, em consequência, demorados, e que os laboratórios têm também outras demandas para atender.
Entre elas estão exames em pacientes com suspeitas de gripe A H1N1, que são realizados pelo Instituto Adolpho Lutz e que cresceram no último mês.
Até esta quarta-feira (15) ficaram prontos exames que descartaram a suspeita inicial de febre amarela e também de outras doenças, como dengue e febre hemorrágica (boliviana, argentina, brasileira e venezuelana). Também foram concluídos estudos que apontaram que os macacos tinham herpes 1 e 2. A doença, contudo, não foi a causa da morte, que permanece desconhecida.
Fechamento
O fechamento do parque foi determinado pela Sesa, em acordo com as secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente, pois havia a suspeita de que os animais tivessem febre amarela, o que poderia contaminar os visitantes.
No período em que permaneceu fechado, o parque deixou de receber cerca de 25 mil visitantes a média, nesta época do ano, é dois mil visitantes por dia. "O fechamento traz um certo prejuízo para a cidade, porque as pessoas vêm visitar Maringá e encontram o parque fechado. Mas, por outro lado, o maringaense está valorizando mais o parque, cobrando que sele seja reaberto. Acho que o morador da cidade está redescobrindo esse espaço", afirma o gerente administrativo do Parque do Ingá, Mauro Nani.
A primeira morte aconteceu no dia 1.º de abril. Entre os 20 primatas mortos, 19 são saguis e um é um macaco prego este por outros motivos. A pista de caminhada, localizada ao redor do parque, segue aberta.
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