Pelo menos 83 famílias de Antonina, Morretes e Paranaguá, permanecem desabrigadas por causa das fortes chuvas que castigaram o Litoral do estado na primeira quinzena de março. A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) pretende instalá-las, até o início da próxima semana, em moradias provisórias, com o auxílio da Defesa Civil, Secretaria da Família e Desenvolvimento Social e das prefeituras. A transferência das famílias também vai permitir a retomada das aulas nas escolas que servem de abrigo.
Em Antonina, em média 60 famílias têm usado os abrigos municipais, cerca de 240 pessoas. Em Morretes, são 16 famílias que necessitam de novas moradias. Já em Paranaguá, sete famílias perderam suas casas. Em Antonina, ainda há três grandes áreas com risco de deslizamentos, nos bairros Graciosa, Portinho e Maria Furuncho.
Parte das famílias de Antonina será instalada em uma construção que pertenceu a Caixa de Pecúlio Militar (Capemi) e que passa por reformas. O local possui uma edificação com vários salões, quatro casas e ainda uma área em que, depois de terraplanada e drenada, serão construídas seis casas provisórias. Uma equipe formada por engenheiros, assistentes sociais e técnicos da Cohapar pretende concluir as adequações no sistema elétrico, hidráulico e da cobertura ainda nesta sexta-feira. Com isso, parte das famílias abrigadas nas escolas municipal Gil Ferez e João Paulino, e em uma creche e um templo da Igreja Batista podem se mudar.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) também cedeu algumas casas da Usina Hidrelétrica Pedro Viriato Parigot de Souza, na PR-340, que podem ser usadas provisoriamente por pelo menos dez famílias. Com a liberação dos espaços, a diretora da Escola Municipal Gil Ferez, Lucicléia Lopes Ramos, espera poder retomar as aulas dos 527 alunos da instituição na próxima semana. A escola abrigava cerca de 100 pessoas e para o reinício das aulas será preciso limpar e dedetizar o local.
O governo estadual e os municípios desenvolvem projetos para a instalação definitiva das famílias que perderam suas casas. O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, deve apresentar o projeto ao governo federal para conseguir verbas para sua execução.
Doações
Mais de 383 toneladas de donativos já foram enviadas para o litoral. A prioridade no momento é a doação de materiais de construção ou de móveis e eletrodomésticos para as famílias que perderam suas casas. Segundo o Provopar, já não é mais necessária a doação de roupas, porque os abrigos já estão lotados. Quem ainda quiser doar roupas, pode aproveitar a campanha do agasalho, que será lançada nos próximos dias.
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