Uma paralisação temporária de funcionário da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que atuam no Hospital de Clínicas (HC) afetou o atendimento da unidade nesta terça-feira (15). Houve demora nos atendimentos. Apesar disso, o hospital destaca que nenhum procedimento ou consulta foi cancelado.
Com duração prevista de 24 horas, a paralisação foi iniciada às 7 horas desta terça-feira e deve se estender até as 7 horas de quarta-feira (16). Ao todo, 916 servidores da Funpar atuam no HC (um terço do total de trabalhadores).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau Público de Curitiba e Região (Sinditest), mais de 400 servidores aderiram à paralisação temporária. "Ambulatórios e a central de agendamentos foram fechados. Cerca de 200 agendamentos de consultas e procedimentos devem deixar de ser feitos", disse o diretor do sindicato, José Carlos de Assis.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o HC informou que foi feito um remanejamento de funcionários para minimizar o impacto. Com isso, foi possível reabrir os ambulatórios. Os agendamentos que eram feitos pela central passaram a ser realizados também nos ambulatórios.
Os contratados via Funpar fazem o protesto porque são contrários à decisão da Justiça do Trabalho, que determinou a demissão de 916 deles do HC. A medida foi ordenada pelo juiz Sandro Augusto de Souza e divulgada no último dia 19 de março. O magistrado concedeu um prazo de 90 dias para a demissão desses trabalhadores e que sejam "substituídos por servidores devidamente concursados".Em caso de descumprimento da decisão, o HC e a UFPR, mantenedora do hospital, estarão sujeitos a uma multa diária que varia de R$ 5 mil a R$ 150 mil. Em entrevista coletiva concedida no dia seguinte à decisão, o reitor da universidade Zaki Akel Sobrinho garantiu que naquele momento não demitiria os funcionários. Ele defendia que, se precisasse desligar os colaboradores, há risco de o HC ter que fechar as portas.
Reunião
Na quinta-feira, uma reunião entre o Sinditest, Funpar e UFPR deve definir o futuro dos 916 servidores. Segundo o sindicato, as partes vão tentar entrar em um acordo para evitar a demissão dos funcionários. Além disso, os servidores reivindicam a inclusão de uma cláusula de instabilidade, que impeça que eles sejam demitidos até a aposentadoria. "A maioria trabalha no HC há mais de 40 anos. Em sete anos, todos serão aposentados. Se forem demitidos agora, dificilmente entrarão um novo emprego", disse Assis.Greve dos técnicos do HC continua
Conforme informações publicadas no site do Sinditest, a greve dos servidores técnicos (concursados) do HC continua. O movimento começou no último dia 20 de março, em uma manifestação nacional que reivindica uma mudança sobre o aspecto da precarização do trabalho dos servidores técnico-administrativos federais e o sucateamento do serviço público no Brasil.
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