O governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) reafirmou em juízo as acusações feitas contra José Richa Filho, irmão do prefeito de Curitiba Beto Richa, o ex-ministro Euclides Scalco e a publiciária Cila Schulmann de desvio de R$ 10 milhões do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) para a campanha de Beto Richa em 2002 - na época postulante ao cargo de governador.

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A audiência ocorreu na tarde desta segunda-feira no prédio do Tribunal de Justiça, em Curitiba, e é parte do processo movido por Cila contra Requião por crime de calúnia, injúria e difamação. A acusação de Requião, no dia 13 de fevereiro, além de citar Cila, envolveu ainda Richa Filho e Scalco. O resultado foi um verdadeiro embate entre o governador e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Tanto o prefeito quanto Scalco adiantaram que irão acionar Requião na justiça. Durante a audiência Requião manteve a versão que envolve Richa Filho, Cila e Scalco e reafirmou que a história teria sido contada a ele pelo empresário Darci Fantin - na época presidente da empreiteira DM, que prestava serviços de duplicação da BR-376. De acordo com o governador, a verba de R$ 10 milhões teria saído do DER, passado pela DM e chegado até a campanha de Richa.

Além de manter as acusações, Requião envolveu ainda o procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda e Jacyr Bergmann II - na época chefe do cerimonial do governo do estado. De acordo com Requião, Darci Fantin contou a mesma história, separadamente, para Botto e Bergmann II.

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Por conta disso, o juíz Marcos Vinícius Denchuk marcou uma nova audiência para o próximo dia 19 de abril, às 15h30 - desta vez para ouvir os dois "novos personagens". Nesta próxima audiência não há a necessidade da presença do governador.

Requião evita imprensa

Requião chegou ao prédio do TJ antes do horário previsto, entretanto, evitou a imprensa na entrada e na saída. Para isso, o governador utilizou o elevador privativo do presidente do TJ para chegar até a sala onde aconteceu a audiência - no 11.º andar.

Alguns jornalistas foram convidados para acompanhar a sessão, entretanto, sem gravadores. Fotógrafos e cinegrafistas foram proibidos de fazer imagem de Requião durante a audiência - a pedido do próprio governador. Veja em vídeo a entrevista com Mário Lobo, advogado de Requião

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