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Uma nova denúncia contra o presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), foi encaminhada ao Conselho de Ética da Casa nesta terça-feira (9). Ele é acusado de nomear a cunhada para um cargo em comissão na Câmara, entre janeiro e abril, o que caracterizaria nepotismo.
De acordo com informações obtidas no Diário Oficial de Curitiba, Renata Queiroz Gonçalves dos Santos exerceu duas funções comissionadas: a de assistente técnico parlamentar II e de consultora. As informações foram divulgadas pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR).
Renata é irmã de Cláudia Queiroz Guedes, esposa de Derosso e dona de uma agência de comunicação, que venceu uma licitação para prestar serviços para a Câmara. A primeira nomeação de Renata era para o cargo de assistente técnico parlamentar II (CC-7), cuja remuneração seria equivalente a um salário bruto de R$ 2,8 mil. Em seguida, ela foi transferida para o cargo de consultora (CC-5), cuja remuneração bruta é de R$ 4,7 mil. Ela foi exonerada em abril deste ano.
A vereadora Professora Josete (PT) protocolou a nova representação contra Derosso no Conselho de Ética da Câmara. A vereadora denuncia o presidente da Casa por descumprimento da súmula antinepotismo, que veda a contratação de familiares até 3º grau no poder público.
Pedido de CPI
Os vereadores da bancada de oposição da Câmara Municipal de Curitiba anunciaram nesta terça-feira que estão se mobilizando para reunir as assinaturas necessárias para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Derosso. Para a abertura da CPI é necessário que 13 dos 38 vereadores assinem o pedido. Até esta terça-feira, a comissão teria o apoio dos cinco vereadores que compõem a bancada de oposição - Algaci Tulio (PMDB), Pedro Paulo (PT), Jonny Stica (PT), professora Josete (PT), Noemia Rocha (PMDB) - e dos dois parlamentares do Partido Verde (PV), Aladim Luciano e Paulo Salamuni.
Depoimento
O Conselho de Ética da Câmara de Curitiba marcou data para ouvir as explicações do presidente da Casa sobre as denúncias envolvendo irregularidades na licitação de R$ 30 milhões para serviços de publicidade da Casa e a contratação de supostos funcionários fantasmas da Assembleia do Paraná pelo Legislativo municipal. A reunião será no dia 18 de agosto.